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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Modelos baseados no cotidiano ajudam a entender mudança do clima


Por José Eduardo Mendonça 

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Foto: jah~/Creative Commons

Mais de 90% dos cientistas do clima no mundo concordam que ele está mudando em grande parte devido a emissões de CO2 causadas por atividades humanas. Há indicações de que as avaliações feitas pelo Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas (IPCC), da ONU, são mais conservadoras que alarmistas, apesar de suas previsões perturbadoras em relação ao aquecimento global e suas consequências. Ainda assim, estes indicadores científicos de maior risco são acompanhados por um aparente declínio da percepção pública da situação.

E por que isto está acontecendo? Há muitas causas, e uma delas é a própria complexidade da ciência do clima, com teorias abstratas de difícil compreensão para o grande público.

É complicado entender o conceito da mudança do clima e seu impacto sobre o ambiente. Mas o estabelecimento de um território comum e o uso de modelos podem derrubar barreiras e apresentar a questão de maneira mais inteligível.

Em uma apresentação feita no encontro da Sociedade Americana Para o Avanço da Ciência, que terminou ontem, 17/02, a ecologista e modeladora da Universidade Estadual do Michigan, Laura Schmitt-Olabisi, mostrou como modelos dinâmicos de sistemas comunicam os desafios e as implicações das alterações climáticas, de forma eficaz.

“Temos necessidades de ferramentas que possam incentivar o diálogo através das fronteiras tradicionais, alcançando, além dos cientistas, os tomadores de decisão e o público em geral”, disse Schmitt-Olabisi. “Usando mapas, diagramas e modelos, todos os grupos envolvidos podem compartilhar informações para termos discussões que criem soluções possíveis”, afirmou.

Para entender os modelos de saúde urbana, ela e seus colegas entrevistaram planejadores, funcionários da saúde pública e gerenciadores de emergências. As entrevistas foram traduzidas em um modelo de computador junto com dados de secas atuais e passadas no Meio Oeste americano.

Schmitt-Olabisi descobriu que esta abordagem é uma ferramenta poderosa para iluminar áreas com problemas e identificar os melhores modos de ajudar populações vulneráveis, informa o site da universidade.

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