> Comunicação Organizacional Verde: setembro 2013

domingo, 29 de setembro de 2013

Terra em 2013 está pior que em 2007

Fonte: Exame.com

Giovana Girardi e colaborou Bárbara Ferreira Santos, do Estadão

Porém, fica a dúvida se desta vez a mensagem dos cientistas vai conseguir sensibilizar os governantes e provocar ações

Aquecimento global
Aquecimento global: de seis anos para cá, aumentou o grau de certeza de que estamos experimentando mais noites e dias quentes

"O IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) é um corpo científico, fazemos ciência, não fazemos política pública. É a ONU e os governos que têm de ouvir a mensagem científica e agir. Nossa obrigação é mostrar que a urgência está aumentando e é isso que trazemos nesse relatório", afirma o pesquisador brasileiro Paulo Artaxo, da USP, e um dos autores principais do capítulo sobre nuvens e aerossóis.

Essa conclusão, segundo Artaxo, está sintetizada em um dado que num primeiro olhar pode ser de difícil compreensão - a chamada forçante radiativa, que mede o conjunto das interferências humanas no clima. De 2005 (ano base medido no relatório de 2007) a 2011 (usado no texto atual), houve um aumento de 43% nesse valor.

Na prática ela reflete a alteração no balanço radiativo da atmosfera. "O que mantém a vida e o clima no planeta é esse equilíbrio entre o quanto entra de radiação solar na Terra e o quanto sai. A forçante expressa essa diferença", diz.

Quanto mais gases de efeito estufa se acumulam na atmosfera, mais a radiação fica retida. E o valor da forçante sobe. "No final das contas, ela reflete todos os mecanismos com os quais o homem está alternando o clima. E em cinco anos, essa interferência aumentou 43%. É uma alteração brutal", diz.

Ao comparar, nos dois relatórios, os efeitos das mudanças climáticas já sentidos pelo planeta, fica mais evidente essa piora. No texto de 2007, por exemplo, a elevação do nível do mar registrada desde 1901 era de 17 centímetros. Agora são 19 cm. O aumento da temperatura a partir de 1850 era de 0,76°C. No novo relatório, partindo de 1880, o clima esquentou 0,85°C.

Na versão anterior se considerava que o Ártico estava perdendo 2,7% de gelo por década. Na atual, vai de 3,% a 4,1%. Aumentou, ainda, o grau de certeza de que estamos experimentando mais noites e dias quentes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

IPCC analisa técnicas de manipulação do clima


Fonte: Exame.com

Especialistas avaliaram técnicas como a dispersão de partículas na estratosfera para refletir a luz solar para lutar contra o aquecimento global


O IPCC apresenta seu relatório sobre mudanças climáticas, em Estocolmo
O IPCC apresenta seu relatório sobre mudanças climáticas, em Estocolmo

O conhecimento científico "ainda limitado impede uma avaliação global quantitativa" das técnicas reunidas sob o termo de geo-engenharia e seu impacto sobre o clima, escreveu o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) em um resumo de seu novo relatório adotado nesta sexta-feira em Estocolmo.

"Nós não avaliamos a tecnologia, para saber se ela é possível ou não, nem os aspectos econômicos" , disse à AFP Olivier Boucher, diretor de pesquisa do IPCC e pesquisador do laboratório de meteorologia dinâmica de Paris.

"Mantemos uma abordagem puramente climática: se conseguirmos fazê-lo, qual seria o impacto sobre o clima? Funcionaria? Quais seriam os efeitos colaterais?", questiona o cientista, co-autor do capítulo do IPCC sobre as nuvens e aerossóis.

Neste capítulo, foram avaliadas duas técnicas: a injeção de partículas na estratosfera para refletir a luz solar (e, assim, evitar que parte do calor solar atinja a Terra) e a injeção de sal marinho sobre os oceanos para fazer as nuvens mais reflexivas.

"De um ponto de vista puramente climático, a injeção de aerossóis estratosféricos pode, efetivamente, arrefecer o clima, mas sabemos que há um certo número de efeitos colaterais", amplificando, por exemplo, as mudanças nas precipitação em algumas regiões, explica Olivier Boucher.

Outro risco: os cientistas acreditam que, se esta técnica for interrompida depois de um tempo, haveria um aquecimento mais rápido, e potencialmente de maior impacto.

Para os sais marinhos, o pesquisador considera que não há neste momento "garantias que funcione de um ponto de vista climático" , com base em simulações.

O IPCC publicou nesta sexta-feira o resumo do primeiro volume de seu novo relatório, o primeiro desde 2007. Apresentado em quatro partes até outubro de 2014, ele deve atualizar os conhecimentos sobre o aquecimento global.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Simpósio na capital paulista debate sustentabilidade no setor de franquias


Evento vai mostrar que estratégia não é diferencial competitivo apenas de grandes empresas



Divulgação. Cláudio Tieghi, presidente da AFRAS, na edição passada do evento




Sustentabilidade não é diferencial competitivo apenas de grandes companhias. Micro, pequenas e médias empresas também devem apostar na estratégia como um atrativo adicional aos negócios. É o que afirma Fernanda Esposito, gerente de sustentabilidade da Associação Franquia Sustentável (AFRAS).

Para levar esses conceitos ao mundo do franchising, a AFRAS e a Associação Brasileira de Franchising (ABF) realizam no dia 3 de outubro, das 8h às 16h, o 5º Simpósio ABF-AFRAS de Sustentabilidade. O evento ocorrerá no Centro de Capacitação de Eventos da ABF, na Vila Olímpia.

O objetivo, segundo Fernanda, é fazer com que os empresários do setor, desde franqueados, até fornecedores e parceiros, entendam que sustentabilidade não é só ajudar o meio ambiente, é um ideal que deve estar presente na marca da empresa. “Quando você pensa em sustentabilidade, consequentemente pensa em inovação”, explica a gestora.

O simpósio contará com duas palestras de especialistas renomados, um painel com a presença de grandes franqueados e a exposição de dois cases de sustentabilidade: o da Unilever, que apresentará a palestra “Provocando mudanças e cada gota”, e o da Coca-Cola, com o tema “Ações do dia a dia que fazem a diferença para qualquer tamanho de empresa.”

“Além disso, teremos uma palestra sobre liderança feminina com executivos do Yázigi, Habib’s e O Boticário”, acrescenta Fernanda.

Interessados em participar do evento podem se inscrever no site www.afras.com.br. O cadastro custa R$ 85 para associados da AFRAS, R$ 150 para integrantes da ABF e R$ 300 para não associados.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Sinal Verde

Fonte: Chic

Net-a-Porter reúne top estilistas britânicos em coleção de roupas sustentáveis


Comprovando que a sustentabilidade pode sim chegar à alta moda, o e-commerce de luxo Net-a-Porter reuniu cinco nomes da elite da moda britânica na criação de uma coleção cápsula que segue os padrões eco-friendly. 

Christopher Bailey, Victoria Beckham, Christopher Kane, Erdem e Roland Mouret desenharam duas peças cada (suas primeiras eticamente sustentáveis) para a coleção que é parte do projeto Green Carpet Challenge (GCC), fundado pela atriz e ativista Livia Firth. As criações foram apresentadas nesta segunda-feira (16.09) em evento paralelo à semana de moda de Londres tendo também Anna Wintour e Natalie Massenet, fundadora do e-commerce e presidente do British Fashion Council, como anfitriões.

Além de ter 20% do valor de cada venda revertido para o fundo global da campanha contra Aids, tuberculose e malária, as peças seguem padrões sociais e ambientais da “moda ética” do GCC. Tecidos como o derivado de garrafas plásticas recicladas da Newlife, a renda francesa, tule e seda certificadas da Oeko-Tex e cristais Swarovski sem chumbo estão presentes nas criações.

“Nós decidimos no começo da Green Carpet Challenge que ela trabalharia em dois níveis: no tapete vermelho para fazer nossas celebridades favoritas usarem peças sustentáveis na frente dos flashes e também na cadeia de produção, com produtores reais no mundo todo, fazendo uma mudança real”, definiu Livia Firth. “Pela primeira vez a coleção coloca as duas coisas juntas e mostra o poder do Net-a-Porter no jogo da indústria da moda ao adotar o estilo sustentável”, disse.

As peças criados pelos estilistas britânicos já estão à venda no Net-a-Porter, que entrega no Brasil, com preços que variam de 2.110 dólares (cerca de R$ 4.780) para um vestido de Christopher Kane a 7.450 dólares (R$ 16.800) em um modelo da Erdem.

domingo, 22 de setembro de 2013

A gestão que gera lucratividade sustentável

Fonte: Cebeds

Por Roberto Araújo*

Durante muitos anos, o conceito de sustentabilidade foi tratado como uma “pedra no sapato” por alguns empresários. Para eles, trabalhar com a sustentabilidade era sinônimo de aumento de custos, licença para operar ou, na melhor das hipóteses, uma ação de marketing para melhorar a imagem da empresa. Hoje, nas grandes organizações, predomina o entendimento de que a sustentabilidade deve fazer parte da estratégia competitiva, pois ajuda a gerar e proteger valor, sendo fundamental para a longevidade dos negócios.

Segundo a pesquisa “A New Era of Sustainability”, realizada em 2010 pela Accenture com 766 executivos de 13 setores industriais diferentes, as palavras "marca, confiança e reputação" eram citadas por 72% dos CEOs como um dos três principais fatores que os impulsionavam a agir em questões de sustentabilidade. 91% deles relataram que sua empresa empregaria novas tecnologias, como energias renováveis, eficiência energética, tecnologias da informação e comunicação, para abordar questões de sustentabilidade ao longo dos próximos cinco anos.

Para que a sustentabilidade, de fato, seja incorporada à gestão de uma empresa, a sua liderança deve estar comprometida e investir na educação e desenvolver, de forma transversal, a competência da sustentabilidade nas suas equipes. No Brasil, poucas são as organizações que podemos considerar inovadoras por trazerem o conceito da sustentabilidade integrado em sua gestão ou com papel transformador. A maioria delas está na fase de engajamento. São transparentes em seus processos, possuem a intenção de elaborar estratégias de sustentabilidade, melhorar relacionamento com stakeholders e liderança, mas não são inovadores em seu modelo de negócio, não desenvolvem atividades integradas em prol da sustentabilidade, tão pouco são transformadores em suas ações.   

Dessa forma, algumas empresas precisam, além de medir suas “pegadas” e reduzir riscos, tratar a sustentabilidade como algo indispensável para a melhoria contínua da gestão, visando aumentar a lucratividade da empresa. De acordo com a pesquisa “The Innovation Bottom Line”, do MIT Sloan Management Review – 2013, com colaboração da consultoria Boston Consulting Group, que ouviu cerca de 2.600 executivos, mais de 60% das empresas que mudaram seu modelo de negócio e que têm a sustentabilidade como pilar estratégico de sua gestão disse ter lucros maiores devido à sustentabilidade, comprovando os melhores resultados financeiros por meio de “business cases”.

A sustentabilidade é capaz de aumentar a lucratividade de uma empresa, desde que ela tenha uma visão sistêmica da cadeia de valor e atue como um agente transformador de seus colaboradores, parceiros, fornecedores, clientes e consumidores de forma geral. É uma busca contínua e conseguirá chegar à frente a empresa que utilizar a sustentabilidade para melhorar sua gestão, inovar e compartilhar valor. Afinal, se uma solução mais sustentável tiver um custo maior para o cliente, certamente ela não é a mais sustentável.

*Roberto Araújo é diretor presidente da Fundação Espaço

CEBDS traz ao Brasil curso de liderança e sustentabilidade da Universidade de Cambridge

Ponte: Segs

Projeto é voltado para líderes de negócios no país


Pela primeira vez na América Latina, o Business and Sustainability Programme, criado há 20 anos pelo renomado Programme for Sustainability Leadership (CPSL) da Universidade de Cambridge, na Grã-Betanha, terá edição no final de setembro, em São Paulo. O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) traz o curso ao país. 

Considerado um dos mais relevantes fóruns internacionais para a sustentabilidade, o Business & Sustainability Programme tem o Príncipe Charles como patrono. Fundado em 1994, o programa já formou mais 2.500 líderes de cerca de 1.000 empresas em países da Europa, nos Estados Unidos, África do Sul e Austrália. Entre os participantes, executivos da Shell, ABN AMRO Bank e Anglo American. 

O curso oferece um mix criativo de sessões apresentadas de maneira tradicional, complementadas com diálogos e trabalhos em grupo, permitindo que líderes do setor privado tenham contato com pares de outros setores, de ONGs e do poder público. O programa oferece conhecimento de ponta e exemplos de melhores práticas para ajudar líderes a desenvolverem estratégias genuinamente sustentáveis para o sucesso de suas organizações. Dessa forma, apresenta excelentes resultados na facilitação de encontros complexos e processos de aprendizagem do mais alto nível. A ideia é desafiar os atuais modelos de gestão dos executivos e estimular a reflexão além do que imaginam ser possível.

O seminário no Brasil receberá uma abordagem global e local, com palestras e discussões em grupo, lideradas por membros do corpo docente da Universidade de Cambridge e palestrantes convidados. O corpo docente é formado por especialistas da área de renome nacional e mundial com extensa experiência profissional, como executivos e líderes de negócios. Entre os professores e palestrantes já confirmados estão Fábio Barbosa (Grupo Abril), Richard Burrett (co-chair da Iniciativa Financeira do PNUMA – UNEP FI, em inglês), Philippe Joubert (consultor sênior do WBCSD - World Business Council for Sustainable Development), José Goldemberg (físico) e Fábio Feldmann (ex-secretário de meio ambiente do Estado de São Paulo). O seminário ainda contará com um vídeo gravado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

“Sustentabilidade é hoje um conceito imperativo para os negócios e para os governos. Por isso, é essencial sensibilizar e engajar a alta liderança e fazê-la entender as implicações estratégicas dos riscos e das oportunidades que surgem quando se faz uma análise do negócio a partir desse conceito. O poder público também começa a adotar cada vez mais critérios de sustentabilidade nas licitações e nas compras públicas. O curso de Cambridge vem para suprir essas carências”, afirma Marina Grossi, presidente executiva do CEBDS.

As atividades levarão os participantes a compreender as tendências globais, permitindo-os encontrar meios estratégicos e práticos de integrar soluções de cunho social e ambiental nos seus processos de tomada de decisão. O Business & Sustainability Programme acontecerá em São Paulo, entre os dias 25 e 28 de setembro, em local afastado cerca de 1 hora da capital paulista, de modo a permitir que os participantes fiquem totalmente envolvidos com as atividades planejadas.

Sobre o CEBDS


O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) é uma associação civil que lidera os esforços do setor empresarial para a implementação do desenvolvimento sustentável no Brasil, com efetiva articulação junto aos governos, empresas e sociedade civil. Fundada em 1997, reúne hoje 77 expressivos grupos empresariais do país, com faturamento de cerca de 40% do PIB e responsáveis por mais de 1 milhão de empregos diretos.  Representa no Brasil o World Business Council for Sustainable Development (WSBCD), organização global que conta com uma rede de mais de 60 conselhos nacionais e regionais em 36 países. O CEBDS é integrante da Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21; do Conselho de Gestão do Patrimônio Genético; do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas; do Fórum Carioca de Mudanças Climáticas, do Comitê Gestor do Plano Nacional de Consumo Sustentável e do Conselho Mundial da Água.


Procuram-se líderes da sustentabilidade

Fonte: Cebeds

Por Marcos Bicudo e Marina Grossi*

A essência da palavra líder permanece a mesma de séculos atrás. Como no passado, o líder de hoje deve reunir conhecimento e capacidade de influenciar grupos sociais para indicar o melhor caminho a ser seguido. Contudo, seja no âmbito local, nacional ou global, as atribuições do líder do século 21 são muito mais complexas em função do volume de demandas e de variáveis. Para vencer os obstáculos econômicos, sociais e ambientais nos próximos 40 anos - e atingir um estágio de sustentabilidade satisfatório na metade deste século -, precisamos formar líderes.

Eles terão como missão atuar com capacidade transformadora nos setores-chave da sociedade governos, empresas e organizações sociais e acadêmicas. Além de motivar o seu grupo para que aceite as mudanças, os líderes da sustentabilidade precisam ainda desenvolver a expertise de criar um ambiente de entendimento entre os diferentes setores da sociedade.

As empresas têm grande responsabilidade nesse processo, ou seja, conduzir o mundo para um modelo de desenvolvimento capaz de movimentar a atividade econômica, proporcionar oportunidade para todos e recuperar e manter o equilíbrio dos ecossistemas. Hoje, a agenda do crescimento econômico continua preponderando sobre a do desenvolvimento sustentável, como consumo e o esgotamento dos recursos naturais em ritmo exponencial. No setor privado, a visão de curto prazo se mantém em alta, apesar da clara percepção da sua inviabilidade e da queda nas taxas de retorno.

O economista indiano Pavan Sukhdev disse recentemente que "o caminho para a economia verde está nas corporações, na mudança no modelo de negócios das grandes indústrias, como as que dominam os setores energético e petroquímico".

Uma pesquisa feita em 24 países pela Ipso confirma a tese de Pavan.

Mais da metade do entrevistados - 63% - acreditam que as empresas podem conduzir as mudanças no mundo, enquanto os 37% restantes depositam suas esperanças nos políticos. No Brasil, 61% confiam no papel das corporações para implementar as mudanças.

Base para o planejamento estratégico de grandes corporações instaladas no país, o documento Visão Brasil 2050 - construído com a participação de mais de 400 especialistas e 70 empresas e lançado pelo CEBDS na Rio+20 - é subsídio para a tomada de decisão da liderança do setor empresarial e para o diálogo com os governos e a sociedade. Nesse contexto, a liderança tem papel essencial.

Nesse contexto, a liderança tem papel essencial, de fio condutor deste processo de mudança para um modelo de desenvolvimento mais sustentável. Nos países em desenvolvimento ou ainda não amadurecidos a importância destas lideranças se torna ainda maior em razão, principalmente, de seu potencial de crescimento e da criatividade das soluções que caracteriza as lideranças formadas aqui.

A Universidade de Cambridge percebeu essa demanda e traz para o Brasil, em parceria com o CEBDS, seu programa de referência na formação de lideranças, o Programa de Negócios e Sustentabilidade, que será ministrado de 25 a 28 de setembro, em São Paulo. O programa tem formado líderes empresariais na Europa e nos EUA e chega pela primeira vez à América Latina. Não obstante aos nossos sérios passivos ambientais e, sobretudo sociais, há grande expectativa de que poderemos nos transformar em protagonistas expressivos da economia verde.

Não confunda Sustentabilidade com proteção ao Meio Ambiente!



Fonte: CanalTech

Por Eduardo Benson*

Sustentabilidade empresa

Nestas duas décadas de existência do termo “sustentabilidade” – quase o mesmo tempo em que venho estudando sobre o tema – tenho encontrado uma série de confusões acerca de seu conceito e, infelizmente, de sua ampla divulgação, que mais aprofunda a incoerência e despreparo dos profissionais do mercado em desenvolver práticas corporativas adequadas.

Quando vejo nos meios de comunicação de massa ou dirigida que uma determinada empresa, por exemplo, está reciclando o lixo produzido e acumulado proveniente de suas operações e que esta ação é “sustentável”, automaticamente me vem a frase: “este ainda não entendeu ou não se informou corretamente sobre o conceito”.

Uma das fontes desta confusão vem da própria origem do adjetivo “sustentável”: a definição, legitimação e divulgação do conceito sobre Desenvolvimento Sustentável (DS).

O conceito de DS foi cunhado pela primeira vez em 1980 pela World Conservation Union, organização internacional dedicada à conservação dos recursos naturais, fundada em 1948, com sede na cidade de Gland, Suíça. O termo foi melhorado no Relatório Brundtland na World Commission on Environment and Development (Comissão Internacional do Meio Ambiente e Desenvolvimento) em 1987 e legitimado na ocasião da Eco 92, no Rio de Janeiro, trazendo uma das definições mais conhecidas: “o desenvolvimento sustentável é o que atende às necessidades das gerações presentes sem comprometer a possibilidade das gerações futuras de atenderem às suas próprias necessidades”.

Daí a confusão foi estabelecida, pois muitos entenderam que tudo se baseava em meio ambiente. Mas, aquilo em que muitos não se ativeram foi que, na própria Eco 92, chegou-se à conclusão que a busca pelo Desenvolvimento Sustentável implicava em ampliar a discussão sobre o futuro do homem no planeta.

De nada adiantaria salvar a Terra e continuarmos com os grandes problemas sociais e econômicos que permeiam a convivência humana, tais como pobreza, violência doméstica, dominação das grandes potências em detrimento das especificidades dos países emergentes, a condição da mulher no ambiente de trabalho, mortalidade infantil, acirramento das DST's – Doenças Sexualmente Transmissíveis, gravidez na adolescência, homofobia, racismo, exclusão digital e muitos outros pontos desafiadores que necessitam de um acordo tácito entre os governos, empresas, organizações sem fins lucrativos e a sociedade civil para a sua devida solução.

Pilares Sustentabilidade

Se quisermos falar de Sustentabilidade, devemos ter em mente que estamos falando dos três pilares básicos que o sustentam: o ambiental, o social e o econômico.

Nas próximas edições falaremos de cada um dos pilares no intuito de desmistificar, desconstruir e ampliar a discussão sobre Sustentabilidade.

*Eduardo Benson é Doutor e Mestre em Comunicação pela Universidade de São Paulo; Mestre em Administração, MBA em Gestão Estratégica de Marketing, Economista pela Universidade Federal de Uberlândia; Professor de Marketing e Responsabilidade Social Corporativa na ESAMC; Auditor Interno da norma NBR ISO 14.001 – Gestão Ambiental; Membro da Comissão Julgadora do Selo Empresa Cidadã – CDL/Uberlândia; e Diretor Presidente da SUSTENTARES – empresa que tem como princípio básico disseminar as melhores práticas de Sustentabilidade e Responsabilidade Corporativa (www.sustentares.com).

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Tendências da sustentabilidade nas empresas


Por Mário Lima *

Para alguns executivos, a sustentabilidade é uma tendência passageira; para outros, é assunto tão sério quanto a sobrevivência de seus negócios; para muitos, algo ainda tão amplo e insondado que se torna de difícil aplicação.

De qualquer forma, como constatado por mapeamento feito pela Ernst & Young Terco, em cooperação com a GreenBiz Group, a sustentabilidade está na agenda do dia dos executivos das grandes empresas, que já enxergam mais oportunidades do que riscos quando o assunto é mudança climática e gestão hídrica.

O levantamento, feito com 272 executivos de empresas de 17 setores com faturamento acima de US$ 1 bilhão, indicou seis tendências que estão pautando os negócios sustentáveis.

Antes de qualquer coisa, a pesquisa mostra que o comprometimento do Conselho de Administração com a sustentabilidade é crucial, caso contrário não haverá força para colocar em prática as transformações necessárias: antecipar e se adaptar a novas legislações, alinhar redução de custos com melhoria da reputação e se beneficiar do ganho de desempenho através do foco em inovação. Vale ressaltar que o tema é exigido tanto nos processos de gestão quanto na introdução de novas tecnologias produtivas.

Como visto na Rio+20, o estudo confirma que o salto em sustentabilidade virá do setor privado e, em particular, das grandes empresas em resposta às demandas dos consumidores e da sociedade em geral. A percepção é que os governos estão bem tímidos em relação às transformações, e o clima de insegurança atrasa investimentos que já poderiam ter sido realizados.

Nesse cenário, os executivos, surpreendentemente, reconhecem o valor do papel das ONGs como um primeiro radar da percepção da população, indicando os riscos, tendências da opinião pública e principais focos de atenção.

Os pontos de vista das organizações de “rating” e de ativistas têm ganhado força dentro das empresas, e uma nova forma de governança mais transparente e colaborativa em temas de interesse comum poderá surgir daí.

Surpreende-nos que apenas 30% das empresas entrevistadas afirmem executar uma análise de cenário considerando a mudança do contexto socioeconômico, que passa por indisponibilidade de matéria-prima e terra, e mudanças demográficas e nos padrões climáticos.

Transparência, integração de dados financeiros e não-financeiros e gestão de recursos naturais são a chave para que um ambiente de negócios sustentável ocorra concretamente.

Tendo em vista as metas de crescimento cada vez mais agressivas das corporações e da região em que estão inseridas, fica a seguinte questão: como fazer mais com menos?

Um exemplo gritante é o déficit global de 40% em recursos hídricos considerando a demanda prevista e a oferta em 2030.

Por fim, parece que as empresas têm sido submetidas a um tsunami de questionamentos sobre aspectos sociais e ambientais do negócio e, neste contexto, cada vez mais acionistas e investidores têm se interessado pelos temas em torno do desenvolvimento sustentável.

Os relatórios de sustentabilidade e o integrado vieram para ficar e estão sendo solicitados por esses investidores, onde se procura entender, sobretudo, os esforços para reduzir o consumo de energia e para minimizar emissões, e as condições gerais de trabalho e direitos humanos.

 MÁRIO LIMA é diretor de consultoria para sustentabilidade da Ernst & Young Terco

Relatórios de sustentabilidade terão novo formato

Fonte: Portal G1

por Amelia Gonzalez 

Imagem cedida pelo Ibase

“Quem já leu um relatório de sustentabilidade empresarial?”. Minha pergunta, feita para as cerca de 40 pessoas da plateia num dos debates do Fórum de Sustentabilidade, que aconteceu em Minas Gerais no mês passado, ficou sem resposta. E eu, sinceramente, não me surpreendi. Ora, é mesmo difícil imaginar alguém muito interessado na leitura de um relatório de sustentabilidade corporativo, a menos que trabalhe numa grande empresa ou que tenha qualquer outro interesse profissional específico.

Mas, não era para ser assim…

Foi na década de 60 que se começou a ouvir falar, nos Estados Unidos, em corporações que passaram a publicar, junto com os demonstrativos econômicos, uma espécie de relato à sociedade com suas ações filantrópicas. Era uma reação, na verdade, ao boicote aos seus bens e ações incitado por grupos civis internacionais contrários ao engajamento dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã.*

Na história do mundo corporativo, o registro oficial do primeiro balanço social feito no mundo é da norte-americana Singer, em 1972, ano da Conferência de Estocolmo. (No site atual da empresa, porém, não há nenhuma referência a isso). Aqui no Brasil, a primeira companhia a publicar seu relatório social teria sido a estatal baiana Nitrofértil, em 1984.  Antes disso, em 1977, na França, uma lei passou a obrigar as empresas a fazerem essa divulgação, mas restritas à área trabalhista. No mundo todo, porém, os balanços sociais ou os relatórios de sustentabilidade, como atualmente são chamados, têm publicação voluntária.

Em 1997, com um texto publicado em jornais que movimentou o mundo empresarial brasileiro da época, o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, provocou os empresários a pensarem na possibilidade de ter “não somente um balanço financeiro das empresas, mas um social, para que o conjunto da sociedade tome conhecimento do que já avançamos e do que teremos ainda a avançar nessa direção”. O texto gerou muitos debates e, a partir disso, a ONG criada por Betinho, o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), lançou a campanha (ver imagem acima) pela divulgação anual do balanço social das empresas, trazendo a mensagem de que esse seria o “primeiro passo para uma empresa tornar-se verdadeira empresa cidadã”.

Em 1998, empresários criaram o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social para mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerirem seus negócios de maneira responsável. E, incorporando a planilha proposta pelo Ibase, criaram outro modelo de balanço social que este ano ganhou novos indicadores, lançados durante a Conferência Internacional do Instituto que aconteceu em São Paulo na semana passada (veja aqui). Assim, as empresas passaram a ter à disposição aqui no Brasil o modelo Ibase, o modelo Ethos e o modelo GRI (Global Reporting Initiative), rede internacional lançada em 1997 pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) com o objetivo de adotar um modelo-padrão de balanço internacional.

Essa é a história. O que aconteceu depois disso são os fatos. As empresas passaram a ver nos balanços mais uma oportunidade para apresentar ao público suas ações socioambientais e, é claro, de forma a diferenciar  prontamente sua marca. Assim, hoje em dia, as grandes corporações já internalizaram a tarefa de fazer anualmente o relatório socioambiental e muitas têm, inclusive, setores internos apenas voltados para isso. O resultado são livros lindíssimos, com ilustrações belíssimas, mas a maioria em tom autoelogioso demais, o que pode afetar sensivelmente a disposição do público leigo a fazer contato com eles.

E, no fim das contas, o objetivo principal de Betinho – “para que o conjunto da sociedade tome conhecimento” – fica, assim, comprometido.

Este debate veio à tona na mesa organizada pela Fundação Dom Cabral no Fórum, quando a vice-diretora executiva do GRI, Nelmara Arbex, falou à plateia, de Amsterdam, por teleconferência. Ela apresentou os estudos para a nova versão dos indicadores GRI (a quarta desde sua criação) que foi lançado em maio num evento com 1.700 pessoas. O título da nova versão é “Measure to manage to change”, ou seja, “Medida de gerenciar para mudar” em tradução livre.

—- As empresas têm que mudar sua forma de gestão com base em dois dados principais: os recursos naturais são finitos e as questões sociais também podem colocar um limite em suas ações. Assim, ela tem que se transformar e continuar existindo. Temos que aprender isso em pleno voo, rapidamente — disse ela.

Elaborar os relatórios seria, então, parte da gestão sustentável. E já há uma tendência bem forte para outro modelo, mais ousado, o do Relatório Integrado, conta Nelmara Arbex:

—- Hoje já existem cinco mil empresas em todo o mundo que fazem seus relatórios seguindo o modelo GRI, mas de 10 a 15 mil o fazem nos dois formatos. Como conectar os relatórios financeiros com os impactos socioambientais, os valores éticos e a governança da empresa é um movimento que está começando. Reconhecemos essa necessidade há uns dez anos, mas o caminho é longo mesmo.

Há novidades na quarta versão do GRI. As empresas vão precisar olhar além de suas operações centrais e mostrar todo o impacto que causam, tanto na cadeia de fornecedores quanto no pós-consumo. Para se chegar a esse modelo foram feitos 80 workshops com mais de dois mil participantes em consulta pública.

—- Um setor de grande impacto que ainda precisa mostrar mais transparência é o de agronegócios, e isso ficou bem claro nas consultas públicas – disse Arbex.

A roda gira, o movimento avança. E talvez a mensagem mais contundente que a executiva tenha passado durante o encontro tenha sido com relação à extensão dos relatórios. O GRI, segundo ela, não está mais interessado naqueles documentos enormes, de muitas páginas, onde a empresa faz um balanço geral de todos os seus impactos. Os novos relatórios baseados na quarta versão do GRI deverão ser mais concisos, mostrando exatamente onde é que a empresa está impactando mais e quais são as medidas tomadas para evitar muito estrago.

—- Se a empresa considerar que reduzir as suas emissões é a ação mais importante que está fazendo em prol do desenvolvimento sustentável, então este será o foco maior do relatório, com todos os detalhes que ajudam a promover a mudança. É importante ter foco porque sem foco, todos sabemos, não há resultado – concluiu Nelmara.

* Essa informação foi tirada do livro “Gestão Cidadã”, de Luiz Fernando da Silva Pinto

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Entenda o conceito da Sociobiodiversidade



O Brasil possui uma das maiores sociobiodiversidades do planeta, produzindo uma série de produtos através de uma diversidade cultural alta

Sociobiodiversidade
Imagem: Culturamix
De acordo com o governo brasileiro, a sociobiodiversidade é o conceito que expressa a inter-relação entre diversidade biológica e a diversidade de sistemas socioculturais. Ou seja, são os mais variados produtos agrícolas que um país consegue produzir respeitando e integrando processos de agricultores locais (serviços) que possuem modos diferentes e/ou adaptados de cultivo.

O conceito da Sociobiodiversidade é ligado à sua cadeia produtiva, que consiste em um sistema integrado, constituído por atores interdependentes e por uma sucessão de processos de educação, pesquisa, manejo e produção, beneficiamento a distribuição, comercialização e consumo de produtos e serviços da sociobiodiversidade, com identidade cultural e incorporação de valores e saberes locais, que asseguram a distribuição justa e equitativa dos seus benefícios.

Entende-se por biodiversidade a variedade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; envolvendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas.

E nesse quesito, o Brasil é excelente por natureza. Somos considerados um país muito diversificado por integrar o grupo dos 20 países que, juntos, possuem mais de 70% da biodiversidade do planeta em apenas 10% da superfície. Apresenta uma natureza exuberante de espécies e paisagens com características peculiares e intrínsecas a cada Bioma: a Amazônia, o Cerrado, o Pantanal, a Caatinga, a Mata Atlântica, a Zona Costeira Marinha e o Pampa.

Por sua vez, toda essa riqueza biológica também está associada a uma grande diversidade sociocultural, que pode ser representada por mais de 200 povos indígenas e por inúmeras comunidades tradicionais, como quilombolas, extrativistas, pescadores, agricultores familiares, entre outras.

Estas comunidades são as detentoras de todo o conhecimento associado a esses agroecossistemas, podendo ou não, serem valorizadas nas questões que envolvem o manejo e a preservação de toda essa biodiversidade.

O governo brasileiro desenvolve essa área integrando ações voltadas ao fortalecimento das cadeias produtivas e à consolidação de mercados sustentáveis para os produtos oriundos da sociobiodiversidade brasileira, dentro da Secretaria de Agricultura Familiar.

Além disso, o governo também implementou, em 2008, o Plano Nacional da Sociobiodiversidade para a promoção das cadeias de produtos, agregação de valor socioambiental, geração de renda das famílias e a segurança alimentar de povos, comunidades tradicionais e agricultores familiares.

sábado, 14 de setembro de 2013

Maior poluidora mundial, China promete redução do uso de carvão

Fonte: EcoD

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A China apresentou na última quinta-feira, 12 de setembro, novas medidas para reduzir a poluição atmosférica, o que inclui reduzir o consumo de carvão e fechar fábricas, usinas e fundições poluentes. Especialistas ponderam, porém, que o cumprimento das metas ambiciosas será um grande desafio.

Maior poluidora mundial, a China está sob intensa pressão para combater a poluição desde janeiro, quando uma espessa camada de fuligem encobriu grande parte do industrializado norte do país, incluindo a capital Pequim.

O governo também tenta enfrentar uma possível fonte de insatisfação popular, uma vez que a população urbana, cada vez mais rica, se volta contra um modelo econômico que prevê o crescimento a qualquer custo, mas degrada o ar, a água e o solo.

Responsável por mais de três quartos da matriz energética da China, o carvão já foi identificado como um dos fatores a serem mais combatidos. O objetivo do governo é reduzir o consumo total desse combustível fóssil para 65% até 2017, em relação a 2012.

A China publicou o plano no site do governo, prometendo também aumentar o uso da energia nuclear e do gás natural. Ambientalistas saudaram o plano, mas foram céticos sobre sua implementação.

Incerteza de cumprimento


"As metas de redução do consumo para áreas industriais são um bom sinal de que eles estão levando a poluição atmosférica e a saúde pública mais a sério, mas para fazer essas metas acontecerem o plano de ação é um pouco frustrante, e há buracos", afirmou à Reuters Huang Wei, ativista do Greenpeace em Pequim.

A China já teve dificuldades anteriores para conseguir a adesão das províncias e dos empresários às medidas antipoluição, e o novo plano prevê poucas regras concretas para fortalecer a fiscalização e as punições aos infratores.

Grupos ambientalistas esperavam que o plano de ação incluísse metas detalhadas para a redução do uso de carvão em cada região, mas aparentemente caberá às províncias definirem isso entre si.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

ABRH-SP lança curso sobre sustentabilidade

Fonte: Valor Online

SÃO PAULO - A Associação Brasileira de Recursos Humanos de São Paulo (ABRH-SP) oferece, a partir do fim de setembro, um curso sobre sustentabilidade voltado para profissionais de RH.

Com carga horária de 33 horas, o curso aborda conceitos de sustentabilidade e as práticas que podem ser revistas pelo RH para ampliar a atuação do departamento nesse assunto.

As aulas acontecem todas as segundas-feiras pela manhã, na sede da ABRH-SP, na capital paulista. O investimento é de R$ 1.250,00  para o público geral e de R$ 875,00 para associados da ABRH-SP. A iniciativa tem apoio da Fundação Telefônica Vivo, do Instituto Nextel e do Banco Santander. É possível se inscrever e ter mais informações sobre o curso pelo site da associação.

Instituto Akatu lança rede de aprendizagem para consumo consciente e sustentabilidade

Fonte: O Globo

Ferramenta online, lançada nesta quarta-feira, pretende mobilizar alunos e professores do ensino fundamental


RIO - Entrou no ar nesta quarta-feira a plataforma on-line do projeto Edukatu, voltado para professores e alunos do ensino fundamental. Trata-se da primeira rede de aprendizagem para o consumo consciente e sustentabilidade do Brasil. O conteúdo, disponibilizado pelo Instituto Akatu traz informações, games e um espaço para que professores possam baixar planos de atividades escolares e compartilhar experiências ligadas aos temas.

A plataforma é dividida em três blocos: “Na mochila”, com informações atualizadas sobre consumo consciente; “Circuito”, com games e atividades lúdicas; e a “Rede”, espaço onde alunos e professores se encontram para fazer contato e compartilhar experiências, e que contará com a participação de um mediador do Akatu para tirar dúvidas e dar dicas aos participantes.

Como explica a Gerente de Educação do Instituto Akatu, Silvia Frei de Sá, dentro do "Circuito", os professores encontram três percursos separados pelos temas “água”, “terra” e “ar”. Em cada um deles, é possível baixar um plano completo de aulas, com informações importantes sobre os temas, dicas de vídeos e atividades práticas.

No tópico “terra”, por exemplo, os professores encontram atividades que promovem a utilização integral de alimentos. Já em "água" há sugestões de atividades em que os próprios alunos podem detectar e solucionar o desperdício do recurso dentro da escola.



Página entrou no ar nesta quarta-feira Reprodução / Internet

Facilitador


De acordo com Silvia, os professores já são naturalmente muito demandados por criar trabalhos relacionados ao tema. Por isso, a plataforma deve funcionar como recurso facilitador, levando até eles as informações mais relevantes, de maneira direta, mas sem interferir na autonomia de cada profissional.
- Nossa ideia é disponibilizar para o professor um conteúdo que ele possa adaptar à realidade da escola onde atua, e não um projeto fechado. Tanto que ele poderá mostrar, através do site, as adaptações que ele venha a fazer, para que o conteúdo fique ainda mais abrangente - conta Silvia.

Antes de entrar no ar, o projeto, que foi foi apoiado pelos ministérios da Educação e do Meio Ambiente, foi testado em 16 escolas. A meta é que, pelo menos, 250 professores comecem a utilizar os recursos do Edukatu nos próximos meses, abrangendo um universo de 6.200 alunos.

- Se pensarmos que estes alunos disseminaram o conteúdo aprendido em suas famílias e comunidades, o projeto ganha o poder de alcançar um universo de até 181 mil pessoas, neste primeiro momento - vislumbra Silvia.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Fairphone quer mudar a relação das pessoas com eletrônicos

Fonte: Exame.com

Mônica Campi, da Info

Para Emma Furniss, gerente de negócios da Fairphone, é importante conscientizar as pessoas sobre os impactos ambientais da produção de eletrônicos

Divulgação: Emma Furniss, da Fairphone: "celular é o ponto inicial para uma conversa sobre a abertura de produtos e sua rede de abastecimento"
São Paulo - A alta demanda no consumo de dispositivos eletrônicos traz um viés social — e ambiental — que poucas pessoas consideram quando vão comprar um smartphone ou tablet.

Recursos minerais extraídos de áreas em conflito e más condições de trabalho são alguns dos problemas que constantemente estão por trás do design futurista e da enorme gama de recursos desses dispositivos.

Mas uma organização holandesa sem fins lucrativos, chamada Fairphone, resolveu mudar este cenário ao idealizar e produzir um smartphone socialmente correto.

O smartphone usará a tecnologia Dragontrail Glass (resistente a arranhões) para o visor sensível ao toque de 4,3 polegadas; processador quad core Mediatek 6589; 16GB de memória interna; câmera traseira de 8 megapixels e frontal de 1,3 megapixels; e sistema operacional Android 4.2.

INFO conversou com Emma Furniss, gerente de negócios da empresa, sobre o processo de desenvolvimento do smartphone e projetos futuros.

- Como surgiu a ideia de criar a empresa?

A Fairphone surgiu há três anos como uma campanha para conscientizar as pessoas sobre os conflitos que existem em torno da extração de minerais e cresceu como uma empresa social que aborda toda a cadeia de fornecimento de aparelhos eletrônicos.

Atualmente, contamos com um time de 10 pessoas de diversas formações incluindo designers, engenheiros, cientistas políticos, administradores e comunicadores. Mas não dependemos apenas deles. Nós temos uma comunidade ligada à Fairphone que trabalha de forma colaborativa por meio de diversas outras empresas e organizações.

Bas van Abel, um dos diretores criativos da Waag Society, foi o responsável por iniciar o projeto da Fairphone, pois ele acredita que precisamos mudar a relação entre as pessoas e seus produtos.

Fairphone quer mudar a relação das pessoas com eletrônicos
Para Emma Furniss, gerente de negócios da Fairphone, é importante conscientizar as pessoas sobre os impactos ambientais da produção de eletrônicos

- E como a Fairphone está tentando mudar essa relação pessoas-produtos?

O celular é o ponto inicial para uma conversa sobre a abertura de produtos e sua rede de abastecimento, levantando para os consumidores essas questões referentes aos impactos ambientais da produção de eletrônicos. E uma vez que somos parte deste sistema e o entendemos, nós podemos avançar e melhorar estas percepções como, por exemplo, ao assegurar boas condições de trabalho para todos os envolvidos na produção.

- Quais seriam as principais preocupações com relação à fabricação do smartphone?

Em primeiro lugar, o principal problema é a complexidade da cadeia de suprimentos que peca em transparência e sustentabilidade. E, se você não entende como o sistema funciona, é muito difícil mudá-lo. Indo passo a passo, a Fairphone pretende deixar a história por trás da produção de eletrônicos mais transparente.

- Como vocês definiram a concepção do Fairphone?

O método escolhido foi inspirado na concepção de que se você não pode saber a origem do aparelho, então você não deveria ser o dono dele. Portanto, para mudar as coisas como são, nós precisaríamos abrir e entender a cadeia de suprimentos.

Mas essa cadeia de abastecimento global é muito complexa para ser tratada como um todo. E por isto que decidimos começar com um único produto. Um smartphone aberto e de alto desempenho feito de forma transparente. É um passo de cada vez.

E produzir um celular nos permite levantar essas questões. Hoje em dia, o telefone é o objeto que praticamente todos possuem e é também um símbolo deste nosso mundo conectado. Desta forma, o smartphone é um prático ponto de partida para contar a história de como nossa economia funciona.

- A Fairphone acredita que deveria haver limites na produção de um smartphone? Ou o mais importante deveria ser como esse produto é manufaturado?

O volume pode estar diretamente relacionado ao aspecto justo da fabricação. Precisamos ter cuidado com a pressão que colocamos sobre a cadeia de abastecimento. Vem sendo constante essa alta demanda e prazos apertados que colocam pressão no setor. E isto pode levar a péssimas condições de trabalho, tais como longas jornadas e baixos salários. Como uma empresa social, nós não aceitamos esta metodologia. Para nós este crescimento precisa ser controlado e o tempo de entrega dos aparelhos pode sim ser maior do que estamos acostumados hoje.

- Por que usar o Android e não optar por outra plataforma, de fato, aberta?

Nós escolhemos esse sistema para garantir que teríamos um aparelho estável e funcional desde o início. Nós trabalhamos em parceria com a Kwame Corp. para criar uma interface organizada e amigável para nosso smartphone. Mas também estamos unindo forças com plataformas abertas como o Ubuntu e Firefox . A ideia é oferecer aos usuários outras opções de sistemas operacionais.

- Quais serão os diferenciais do aparelho?

Estamos produzindo um aparelho de alta performance e cheio de funções. Mas ao mesmo tempo é importante notar que a Fairphone pretende desenvolver um telefone que irá durar, tanto em termos de software quanto de hardware. Nós também iremos vender peças separadas do smartphone em nosso site e realizaremos atualizações constantes no sistema.

- E quando vocês pretendem lançar o Fairphone no mercado?

Nós iniciamos uma campanha de pré-venda há dois meses com a oferta de 20 mil smartphones. O aparelho custará 325 euros e até o momento já vendemos mais de 12 mil unidades - precisávamos vender 5 mil para iniciar a produção. Isso demonstra que existem pessoas que querem investir na mudança, colocando o ser humano e o meio ambiente em primeiro lugar. O desenvolvimento e a produção estão em progresso e também estamos investindo na distribuição e ajustes do pós-venda. As entregas devem começar em meados de novembro.

- Após o lançamento do smartphone, quais serão os planos da Fairphone?

Por enquanto, nossos esforços ainda são em assegurar a produção de qualidade dos telefones, bem como sua distribuição e suporte pós-venda. Após o Fairphone começar a ser entregue, pretendemos discutir com nossa comunidade sobre melhorias e intervenções futuras. Nós estamos ajustando equipes de pesquisa para cinco grandes áreas de atuação (materiais preciosos, transparência na produção, design inteligente, negócios justos e valor duradouro), onde iremos definir os próximos objetivos para cada tópico.

domingo, 8 de setembro de 2013

Os 12 princípios do consumo consciente

O consumo consciente é um dos grandes pilares da sustentabilidade, e para divulgar a importância desse tipo de conduta ambiental, econômico e socialmente responsável, o Instituto Akatu faz um trabalho exemplar de sensibilização com empresas e sociedade civil. Tendo em vista a importância das informações disseminadas pelo instituto, recomendamos aos nossos leitores que conheçam e adotem os 12 princípios do consumo consciente, segundo o Akatu, que estamos aqui reproduzindo:



Consumir com consciência é consumir diferente, tendo no consumo um instrumento de bem estar e não um fim em si mesmo

1. Planeje suas compras
Não seja impulsivo nas compras. A impulsividade é inimiga do consumo consciente. Planeje antecipadamente e, com isso, compre menos e melhor.

2. Avalie os impactos de seu consumo
Leve em consideração o meio ambiente e a sociedade em suas escolhas de consumo.

3. Consuma apenas o necessário
Reflita sobre suas reais necessidades e procure viver com menos.

4.Reutilize produtos e embalagens
Não compre outra vez o que você pode consertar, transformar e reutilizar.

5.Separe seu lixo
Recicle e contribua para a economia de recursos naturais, a redução da degradação ambiental e a geração de empregos.

6.Use crédito conscientemente
Pense bem se o que você vai comprar a crédito não pode esperar e esteja certo de que poderá pagar as prestações.

7.Conheça e valorize as práticas de responsabilidade social das empresas
Em suas escolhas de consumo, não olhe apenas preço e qualidade do produto. Valorize as empresas em função de sua responsabilidade para com os funcionários, a sociedade e o meio ambiente.

8. Não compre produtos piratas ou contrabandeados
Compre sempre do comércio legalizado e, dessa forma, contribua para gerar empregos estáveis e para combater o crime organizado e a violência.

9. Contribua para a melhoria de produtos e serviços
Adote uma postura ativa. Envie às empresas sugestões e críticas construtivas sobre seus produtos e serviços.

10. Divulgue o consumo consciente
Seja um militante da causa: sensibilize outros consumidores e dissemine informações, valores e práticas do consumo consciente. Monte grupos para mobilizar seus familiares, amigos e pessoas mais próximas.

11.   Cobre dos políticos
Exija de partidos, candidatos e governantes propostas e ações que viabilizem e aprofundem a prática de consumo consciente.

12.  Reflita sobre seus valores
Avalie constantemente os princípios que guiam suas escolhas e seus hábitos de consumo.1.   Planeje suas compras.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Cebeds promove o VI Congresso Internacional Sustentável 2013

Fonte: Cebeds

O Cebeds promove o VI Congresso Internacional Sustentável 2013 com foco na agenda de ações até 2020 para um Brasil sustentável em 2050 (baseado no documento Visão Brasil 2050 – uma nova agenda de negócios para o país). O congresso será realizado no Espaço Tom Jobim, no Jardim Botânico, no Rio do Janeiro, no dia 24 de setembro, das 8h às 18h.

O evento vai reunir cerca de 450 pessoas entre empresários, representantes do governo e da sociedade civil, e especialistas para tratar de temas importantes na agenda da sustentabilidade.

Para participar do IV Congresso Internacional sobre Desenvolvimento Sustentável: Do Visão 2050 à Ação 2020 basta enviar um e-mail para cebds@cebds.org, informando nome, e-mail, telefone para contato e empresa/organização. 

Além da participação presencial, também é possível acompanhar o congresso em transmissão ao vivo, via Internet em: http://new.livestream.com/cebds

Painéis temáticos


Desenvolvimento e sustentabilidade: os desafios da governança até 2020

Hoje, desenvolvimento e sustentabilidade são assuntos tratados separadamente. Neste debate, a proposta é encontrar o caminho, por meio de uma governança que incorpore a sustentabilidade, para alcançar o desenvolvimento pleno, prosperidade e conservação da natureza.


Financiamentos e investimentos: a sustentabilidade como critério para a gestão de riscos e tomada de decisão

Neste painel, o objetivo é discutir o risco de não ser sustentável, o impacto da sustentabilidade no acesso a financiamentos e o que investidores e financiadores estão levando em consideração na hora de definir suas escolhas de investimentos.


Cidades sustentáveis: os principais catalisadores dessa transformação

Hoje, a concentração das pessoas está nas cidades e é no ambiente urbano que estão os principais desafios e também as soluções. Por isso, é tão importante partir delas e dos bons exemplos para encontrar soluções replicáveis em escala para a transformação sustentável desse modelo.


Da Visão 2050 à Ação 2020: soluções empresariais para o novo cenário

O que precisamos alcançar até 2020? Como acompanhar se estamos avançando em direção ao que queremos ser? Essas e outras questões serão discutidas por especialistas que vêm trabalhando em soluções empresariais para um mundo mais sustentável em 2020.

Além das discussões dos painéis, o CEBDS vai compartilhar a experiência da Parceria Empresarial para Serviços Ecossistêmicos (PESE), encerrando a primeira etapa da iniciativa e lançando a segunda edição.

CBCS promove o 6° Simpósio Brasileiro de Construção Sustentável

Fonte: CBCS

Será realizado, no dia 17 de setembro de 2013, na sede da Fecomercio, em São Paulo, o 6º Simpósio Brasileiro de Construção Sustentável (SBCS13), que reunirá pesquisadores, estudantes de graduação e pós-graduação, arquitetos, engenheiros, projetistas, construtores, incorporadores e profissionais envolvidos com o desenvolvimento sustentável.

Organizado pelo Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), o evento terá como tema geral “Soluções Integradas para Sustentabilidade em Edifícios, Bairros e Cidades”.

O simpósio será dividido em três sessões. A primeira, chamada “Retrofit de edifícios – Como fazer acontecer?”, contará com a participação de John Lee, diretor de Prédios Verdes e Eficiência Energética da Secretaria de Planejamento e Sustentabilidade de Nova York.

Na segunda sessão, o palestrante será Fábio Villas Bôas, diretor de engenharia na Tecnisa, que falará sobre o tema: “Como as atuais práticas contribuem no desenho e desenvolvimento de cidades sustentáveis?”.

A terceira e última sessão abordará a questão “Como conduzir cidades a um maior nível de eficiência?”, será mediada por Fábio Feldmann, ambientalista e ex-secretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, e terá a presença de Josep Acebillo, ex-chefe de arquitetura e membro da Comissão de Infraestrutura e Planejamento Urbano de Barcelona, que debaterá os novos caminhos para a objetivação da eficiência urbana e a experiência na cidade espanhola.

SERVIÇO
O quê: 6º Simpósio Brasileiro de Construção Sustentável (SBCS 13);
Quando: 17 de setembro de 2013;
Horário: Das 8h00 às 18h00;
Local: Teatro Raul Cortez, na sede da Fecomercio;
Endereço: Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – Bela Vista, São Paulo (SP);
Inscrições: Pelo e-mail simposio@cbcs.org.br;
Mais informações: No site do CBCS.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Dicas de como comunicar a sustentabilidade para os consumidores

Fonte: Exame.com
     
Um relatório norte-americano do World Economic Forum e Accenture apontou que a sustentabilidade é uma necessidade real para as empresas, mas as companhias, muitas vezes, têm dificuldade para divulgar as práticas que realizam. Apesar dos milhões de dólares gastos na divulgação do conceito ao longo da última década, apenas 28% das pessoas sabem o que termos como “sustentável”, “responsável”, “eco friendly” e “verde” realmente significam, e 44% acreditam na prática sustentável de grandes empresas.

A pesquisa sugere que as empresas utilizem uma linguagem mais familiar para que o consumidor compreenda e confie em suas escolhas sustentáveis. “Os consumidores precisam ser mais animados e motivados pela sustentabilidade”, afirma o relatório.

Com o objetivo de auxiliar as empresas nesse desafio, temos 6 dicas para o sucesso das instituições na comunicação para com o público.

1. Aproveitar o que o mercado tem de melhor


Começar enfatizando os conceitos que os consumidores podem relacionar às suas vidas pode ser um bom início. Por exemplo, na Toyota a sustentabilidade é sinônimo de qualidade.

A abordagem da empresa sobre a qualidade consiste em um novo conceito chamado de Kaize, que representa um melhor design, produção, logística, desempenho do veículo, e impacto ambiental, incentivando o usuário a acreditar e aderir à ideia.

2. Simplificar


Geralmente, questões que envolvem a sustentabilidade são vistas como complexas e é aí que as marcas devem ter a consciência do seu poder de inspirar as pessoas. A utilização de slogans simples e que se relacionem com o cotidiano da população pode ser uma saída. Por exemplo, a Nike “constrói um mundo melhor”, a Zappos “proporciona felicidade”. Esses slogans possuem “promessas” claras.

3. Seja positivo


Quantas vezes você já viu um anúncio na TV mostrando um ecossistema devastado, crianças famintas ou animal maltratado e mudou o canal? Essa é uma reação natural. Por isso, em vez de colocar uma propaganda com mensagens negativas, seja positivo. As empresas devem fazer o que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez em 2012. Ele convidou a população para a causa com a frase “Sim, você pode” e conquistou boa parte dos eleitores.

4. Pergunte ao cliente


Estreitar os laços entre empresa e cliente pode ser uma boa opção para conquistar a confiança do consumidor na hora de fazer escolhas, por isso, a comunicação é um ponto fundamental. As empresas podem utilizar as redes sociais, e-mails, cartas para saber dos consumidores o que eles querem e precisam para apoiar seus esforços para alcançar a sustentabilidade.

5. Apresentar o porquê


As empresas precisam mostrar aos consumidores o que as atitudes tomadas podem influenciar positivamente para suas vidas. Por exemplo, nas embalagens da empresa norte-americana Plum Organics, há informações sobre os benefícios de utilizar o produto de forma mais segura e saudável.

6. Acredite na sustentabilidade


Antes de convencer o consumidor sobre a importância da sustentabilidade e a veracidade da prática nas empresas, é necessário que os próprios gestores das instituições acreditem na ideia.

CMA aprova exigência de relatório de sustentabilidade para empresas de capital aberto


Iara Farias Borges e Iara Guimarães Altafin

Empresas de capital aberto podem ser obrigadas a apresentar relatório anual de sustentabilidade, informando ações realizadas para reduzir impactos ambientais decorrentes de suas atividades, programas sociais implementados e boas práticas de governança corporativa adotadas.

A medida, prevista no PLS 289/2012, do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), foi aprovada pela Comissão de Maio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA). A matéria, agora, será examinada pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e, em decisão terminativa, pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

O autor explicou, ao justificar o projeto, que o relatório de sustentabilidade é considerado o principal instrumento de comunicação do desempenho socioambiental das organizações. Segundo ele, a elaboração desse documento é prática corriqueira em vários países, mesmo nos emergentes. Já no Brasil, observou, apenas uma em cada cinco companhias de capital aberto segue essa prática, geralmente, por exigência dos investidores estrangeiros.

Vital do Rêgo ainda alertou para o crescente interesse, no mercado financeiro, por empresas que adotam condutas ambientais, sociais e de gestão responsáveis. A divulgação do relatório de sustentabilidade, afirmou, tem influência direta no comportamento dos acionistas, tanto nacionais quanto estrangeiros. Além disso, em sua visão, é importante que os investidores saibam como o capital aplicado na empresa é empregado em questões socioambientais.

Ao ler o relatório da senadora Kátia Abreu (PSD-TO), a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) informou que já existem protocolos para orientar os relatórios de sustentabilidade, como os da organização não governamental GRI (Global Reporting Initiative), do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.