> Comunicação Organizacional Verde: novembro 2013

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Livro “Comunicação Organizacional Verde” ganha destaque na mídia


O livro, pensado para o público empresarial e acadêmico, tenta suprir a lacuna de bibliografia nacional que oriente empresas e organizações sobre como transformar os desafios trazidos pelas mudanças climáticas e a escassez de determinados recursos naturais em verdadeiras oportunidades de negócios


   Imagem: Nathália Ronfini
Da esquerda para direita: Eduardo Murad, Emmanoel Boff e Nemézio Amaral Filho autografando o livro durante o lançamento
Diante do crescente interesse da sociedade pelo tema sustentabilidade ambiental, o livro Comunicação Organizacional Verde: Economia, Marketing Ambiental e Diálogo Social para a Sustentabilidade Corporativa, lançado em 18 de novembro deste ano, ganhou destaque na mídia através de notas e matérias em jornais, portais de notícia e rádio, incluindo também uma entrevista concedida por um dos autores ao programa Show de Notícias, da CBN. Editada pela Editório, a obra nasceu com a proposta interdisciplinar inédita de, por meio da Economia, o Marketing e a Comunicação, lançar bases do crescimento sustentável por meio do conceito de Comunicação Organizacional Verde. Não por acaso, o projeto foi idealizada pelo economista Emmanoel Boff (UFF), pelo jornalista Nemézio Amaral Filho (Ibmec), e pelo publicitário Eduardo Murad (UFF/Ibmec), os três professores-doutores que ministram disciplinas que fazem a interface entre suas áreas de formação e as questões ambientais.

                                                       Imagem: Nathália Ronfini
Da esquerda para a direita: Eduardo Murad, Emmanoel Boff e Nemézio
Amaral Filho durante a palestra realizada no lançamento do livro
De acordo com Nemézio Amaral Filho, cada vez mais empresas e organizações têm investido em sustentabilidade, mas a maior parte delas ainda têm dificuldades em comunicar adequadamente ao consumidor como a empresa fornece produtos e serviços ambientalmente responsáveis, transformando essa informação num diferencial mercadológico. "O que fizemos foi sistematizar e propor procedimentos ao mercado a partir de pesquisas e metodologias acadêmicas. Há uma disposição favorável da opinião pública por empresas que adotem práticas sustentáveis - é preciso saber comunicá-las", explica Nemézio Amaral Filho. Eduardo Murad completa: “Consumir é também uma forma de se expressar. Quando um consumidor adquire um produto ele não busca somente o bem material ou o serviço, mas também todos o valores que ele transmite. Felizmente, há um mercado em forte ascensão que se identifica com as questões ambientais e que escolhe a opção verde na hora de comprar, mesmo que isso represente pagar mais”.

Para Emmanoel Boff, o crescimento do consumo verde é uma forma de pressionar as empresas que não investem em sustentabilidade a reavaliar suas diretrizes. “Não só os consumidores estão começando a aprender a fazer escolhas mais conscientes, como os grandes investidores também têm exigido das companhias que provem que investem em sustentabilidade e que assim estarão preparadas para encontrar fontes alternativas e menos poluentes para as suas produções, num futuro bem próximo, o que deve garantir a longevidade desses negócios”.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

“Agroecologia é caminho para o novo mundo”, defende Leonardo Boff

Fonte: EcoAgência

Por Raíssa Genro e Débora Gallas - especial para a EcoAgência

O modelo de civilização de acumulação de bens materiais à custa da devastação da natureza já mostrou sua falência, daí a importância da agroecologia, que trabalha com o ritmo da natureza


Imagem: Anelise De Carli - Leonardo Boff na abertura do VIII CBA
”O pensamento que criou a crise não pode ser o mesmo que vai nos tirar dela”. Citando Einsten, assim iniciou a fala de Leonardo Boff na conferência de abertura do VIII Congresso Brasileiro de Agroecologia, que ocorre até quinta-feira (28/11) no Centro de Eventos da PUCRS, em Porto Alegre. Boff é teólogo e filósofo, fundador da teologia da libertação e autor de O tao da libertação. “É preciso, analisou Boff, inventar uma nova forma de habitar, de consumir, de nos relacionar entre nós e com a terra. Há cientistas que dizem que ou mudamos de rumo, ou morremos, alertou.  O filósofo afirmou que as pessoas presentes eram a alternativa de transformar a tragédia em crise que permite um salto de qualidade, diferente da ideia de “ganhar o máximo possível em menos tempo”, desrespeito aos bens e serviços da natureza.

A preservação da Terra é instintiva ao homem, fundamental para sua sobrevivência e não a do planeta, pois “ela pode continuar coberta de cadáveres, sem nós e até melhor sem nós”, frisou Boff. O modelo de civilização de acumulação de bens materiais à custa da devastação da natureza já mostrou sua falência, daí a importância da agroecologia, que trabalha com o ritmo da natureza. “Sentindo-se não senhor da terra, mas aos pés dela”, sentenciou o teólogo. Boff disse que não gosta da expressão bens e serviços, bem melhor é o termo indígena “as bondades da natureza”. Esta visão, afirmou, que entende o ser humano junto com o planeta terra funda as bases filosóficas que estão no princípio desta agricultura e pressupõe uma nova visão de mundo.

Boff lembrou o pensamento de Fritjof Capra de que se os seres humanos soubessem entender o tempo da Terra e conviver uns com os outros não precisaríamos falar em ecologia, citando princípios que contribuem para a saúde da terra: a ética do cuidado, que impedirá futuras feridas ao planeta, a responsabilidade coletiva, a cooperação, uma vez que  nosso sistema vigente não se rege desta forma, mas sim pela competição, e a compaixão, noção que vem do oriente. “Não é ter peninha do outro, mas se colocar no lugar do outro e caminhar junto com ele”. Precisamos, provou ele, resgatar a razão cordial, a razão sensível. Diferente do que dizemos, que isto prejudica a objetividade, na verdade contribui para devolver saúde à terra. Não devemos, frisou, perder a capacidade de projetar sonhos e utopias, tornando-os realidade através das práticas. “Para dar novo rumo à nossa história e salvar a Terra” finalizou Leonardo Boff.

domingo, 24 de novembro de 2013

Eduardo Murad concede entrevista à rádio CBN sobre o livro "Comunicação Organizacional Verde: Economia, Marketing Ambiental e Diálogo Social para a Sustentabilidade Corporativa"



Ontem (23/11), o professor e publicitário Eduardo Murad, um dos três autores do livro recém-lançado "Comunicação Organizacional Verde: Economia, Marketing Ambiental e Diálogo Social para a Sustentabilidade Corporativa", concedeu entrevista à rádio CBN. Durante sua fala no programa Show da Notícia,  Eduardo reforçou a importância das empresas encorporarem a sustentabilidade em toda a cadeira produtiva, incluindo a busca por fornecedores ambientalmente responsáveis e uma comunicação mais transparente e interativa com os consumidores.

O livro, escrito também pelos professores Emmanoel Boff e Nemézio Amaral Filho - um economista e o outro jornalista, respectivamente - nasceu com a proposta interdisciplinar inédita de, por meio da Economia, o Marketing e a Comunicação, lançar bases do crescimento corporativo sustentável por meio do conceito de Comunicação Organizacional Verde.

domingo, 17 de novembro de 2013

Preocupação ambiental eleva valor de empresas


Por Ricardo Mioto
De São Paulo

Presidente de ong que ajuda companhias a 'limpar' cadeia de produção diz que ser sustentável reduz risco e aumenta receita


Muitas empresas procuram ONGs da área ambiental apenas para fazer "greenwashing" - marketing verde e do bem sem efeitos práticos maiores -, critica o australiano Scott Poynton, presidente da ONG internacional The Forest Trust.

A entidade ajuda empresas a "limpar" a sua cadeia de produção, selecionando, por exemplo, fornecedores que não causam desmatamento.

Poynton comenta ainda as dificuldades de ao mesmo tempo certificar as boas práticas ambientais das empresas e depender dos recursos oferecidos por elas.

No Brasil, a ONG trabalha com empresas como Natura, Grupo Pão de Açúcar e Camargo Corrêa.

Folha - Como a organização se banca? Vocês recebem dinheiro das empresas?

Scott Poynton - Sim. Cerca de 90% da nossa receita vem daí. Outros 10% são de fundações que nos apoiam.

Como vocês avaliam as empresas cujo dinheiro mantém a ONG, não pode surgir um conflito de interesses?

Você tem de ter valores. E é importante deixar claro que você não quer parceiros a qualquer custo. Nós falamos: "Não trabalhe conosco se você não quer mudar".

Nosso trabalho é ajudar as empresas a limpar a sua cadeia de produção, tanto pelo aspecto ambiental quanto pelo social.

Ajudamos a implementar novas políticas, por exemplo, na gestão ambiental de fazendas e de florestas. Quem são os fornecedores? Como eles trabalham?

Nosso objetivo não é dizer à empresa "vocês têm de salvar o mundo", mas "ser sustentável aumenta o valor da sua marca, reduz seu risco, aumenta a receita". Se a empresa entende isso, tudo muda.

Tivemos experiências ruins com empresas que não queriam mudar --mudar é desconfortável para muitas. Em geral, as empresas não reagem bem a críticas. E nós tentamos ser muito transparentes no que estamos fazendo.

Mas não há muitas empresas que procuram apenas "greenwashing"[propaganda verde, sem que existam ações ambientais de fato]? A sustentabilidade não acaba sendo um conceito mais ligado ao marketing do que às operações?

Sim, há muito "greenwashing", uma busca por melhorar a imagem. E acho que muitas empresas procuram ONGs para isso.

O que vocês fazem quando a empresa não muda? Falam para ela ir embora?

Nós somos mais cuidadosos com relação a com quem trabalhamos agora. No começo, há 15 anos, tivemos dificuldades com algumas empresas. Uma grande empresa nos ofereceu uma doação generosa para que continuássemos como parceiros. Não aceitamos, claro, e terminamos a parceria.

Embora as empresas com que deixamos de trabalhar saiam da nossa lista de parceiros no site, evitamos um anúncio público, pois um dia elas podem mudar e voltar a buscar uma cadeia de produção sustentável.

Nos últimos anos a sustentabilidade, especialmente no que se refere a aquecimento global, parece ter perdido algum apelo na opinião pública e entre os políticos. Nos EUA, muitos parlamentares questionam o aquecimento global, por exemplo. A agenda ambiental anda meio fora de moda?

Por um lado, eventos como o tufão das Filipinas, com milhares de pessoas mortas, mostram que devemos ter cuidado com a mudança climática. Por outro, há essa tendência política da qual a Austrália é um exemplo.

O primeiro-ministro que acaba de assumir [o conservador Tony Abbott] basicamente não acredita no aquecimento global e cortou todo o financiamento de programas de redução das emissões de carbono.

No fim das contas, de maneira geral os governos que têm sido eleitos não encaram o problema de forma enfática. Há uma falta de ação. O problema é que o desafio do aquecimento global tem de ser enfrentado, não se pode deixar a conta para os nossos netos.

Está começando agora a 19ª Conferência do Clima da ONU. O senhor está pessimista?

Acho que o mais importante sobre isso é perceber que dificilmente uma solução de cima para baixo vai ajudar contra o aquecimento global.

Creio que consumidores mais conscientes exigirão das empresas uma nova atitude, uma maior consciência sobre as suas cadeias de produção.


Comentário de Comunicação Organizacional Verde


No nossa última contribuição, focamos no aspecto positivo que o marketing ambiental pode ter para disseminar informações que sejam úteis para um funcionamento adequado dos mercados. Contudo, vimos que nada nos garante que as preferências dos agentes nos mercados nos leve necessariamente a resultados ótimos do ponto de vista ecológico: e se as pessoas preferirem consumir recursos naturais a uma velocidade maior que a taxa naturai em que os recursos usados podem ser absorvidos pela natureza? Neste ponto, seria necessária a atuação de uma entidade extra-econômica como o Estado para coibir o funcionamento potencialmente destrutivo das forças de mercado. 

Mas e se as preferências de empresas e pessoas já incorporassem uma preocupação ecológica? A entrevista acima, de Scott Poynton, presidente da Forest Trust, tem um ponto importante quando ele afirma que "nosso objetivo [da ONG Forest Trust] não é dizer à empresa 'vocês têm de salvar o mundo', mas 'ser sustentável aumenta o valor da sua marca, reduz seu risco, aumenta a receita'". De fato, no mundo empresarial é sempre mais seguro apelar para o interesse de produtores e consumidores do que para seu desejo de mudar o mundo. Não se trata de dizer que tal desejo não existe e que as pessoas não o sigam. 

Contudo, algo de diferente parece ocorrer quando companhias começam a incorporar riscos socioambientais aos seus relatórios financeiros: vemos que o interesse das empresas e o interesse ecológico se aproximam. É como se o interesse público e privado pudessem se coordenar. Muitos lembram que, há mais de 200 anos, Adam Smith sugeriu no clássico "A Riqueza das Nações" que a perseguição do interesse privado pode concorrer para o interesse público. O que poucos lembram é que, para esse mesmo Smith, esse interesse privado só funcionaria adequadamente dado um pano de fundo moral, onde prudência, justiça, benevolência e autocontrole seriam virtudes necessárias para um funcionamento adequado dos mercados. Seria esse nosso caso agora? 

É aí que está a surpresa: que mercado é esse em que o interesse privado (dado pelo interesse na maximização de lucros nos relatórios financeiros) já incorpora o social (dado pela preocupação socioambiental presente nos relatórios)? E qual seria o papel do marketing ambiental nisso? Mais no próximo comentário...

Leilão de energia eólica movimenta R$ 19,5 bi

Fonte: Estadão

Depois de quase oito horas de disputa, o primeiro leilão de energia eólica contratou 1.805 megawatts (ou 783 MW médios) nas Regiões Sul e Nordeste do País. No total, foram comercializados R$ 19,5 bilhões durante 20 anos. Embora a quantidade tenha ficado um pouco abaixo da expectativa do mercado, o leilão foi bastante disputado, com deságios entre 19% e 31% - maior até que os das últimas hidrelétricas leiloadas no Brasil (o de Jirau foi de 21,6%). O preço médio, de R$ 148,39 o MWh, surpreendeu até os mais otimistas. "Foi um sucesso absoluto", afirmou o secretário do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmerman, frisando que o preço mínimo do leilão ficou em R$ 131 e o máximo, em R$ 153,07 o MWh.

Segundo ele, 71 usinas venderam sua energia em contratos de 20 anos, a partir de 1º de julho de 2012. O maior vencedor do leilão foi o Estado do Rio Grande do Norte, que vai abrigar empreendimentos de 657 MW de potência instalada. Em seguida, ficou o Ceará, com 542 MW; Bahia, 390 MW; Rio Grande do Sul, 186 MW; e Sergipe, 30 MW. Essa concentração deve ser primordial para definir onde as fábricas de aerogeradores serão instaladas.

Zimmerman destacou que a maioria dos empreendedores é privado. Umas das maiores vencedoras foi a empresa Renova, que tem participação do Fundo InfraBrasil, administrado pelo Banco Real. Só ela vendeu 127 MW médios no leilão. A CPFL vendeu cerca de 76 MW médios. As estatais do Grupo Eletrobrás e a Petrobras também venderam alguns lotes.

Para o leilão de ontem, foram habilitados 339 empreendimentos, com capacidade instalada de 10 mil MW. Mas a maioria dos especialistas do setor já esperava que a contratação fosse menor. Em entrevista, o presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (AbeEólica), Lauro Fiuza, afirmou que, se fossem contratados entre 2 mil e 2,5 mil MW de energia, seria um sucesso estrondoso. A venda no leilão ficou um pouco abaixo das suas estimativas, mas deve significar investimentos de R$ 9 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. 

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Países começam a debater novo acordo climático em conferência da ONU



Por Giuliana Miranda
Enviada Especial a Varsóvia

Como fazer para que países ricos e pobres, democracias e ditaduras, nações beneficiadas e pessoas prejudicadas pelo aquecimento global cheguem a um consenso sobre um novo pacto climático mundial?

A COP-19 (19ª conferência do clima da ONU), que começa hoje em Varsóvia, começa a tentar desatar esse nó, abrindo diálogos e dando os primeiros passos no debate de pontos polêmicos antes da decisão final sobre o acordo, que acontecerá em Paris daqui a dois anos e deve substituir o Protocolo de Kyoto.

Analistas consideram que uma das razões para o fracasso de um acordo abrangente na COP-15, que ocorreu cercada de expectativas e recheada de chefes de Estado em 2009 na Dinamarca, foi o fato de países e negociadores terem deixado as decisões para a última hora.

Diplomatas dizem que vão trabalhar dobrado para não deixar que isso se repita.

O fiasco de Copenhague fez com que o mundo ficasse órfão de metas abrangentes para limitar a emissão de gases-estufa. Em 2012, em Doha, houve uma tímida prorrogação do Protocolo de Kyoto, que não foi ratificado pelos EUA e não tem metas obrigatórias para a China, os dois maiores poluidores.

O acordo definitivo foi empurrado para 2015, com metas que começarão a valer a partir de 2020.
Enquanto isso, as emissões globais batem novos recordes todos os anos.

"Nós sabemos que a conferência não deve ser transformadora. A COP de Varsóvia é uma reunião intermediária, mas isso não significa que ela não seja importante, diz o embaixador Everton Lucero, chefe da divisão de Clima, Ozônio e Segurança Química do Itamaraty.

"As discussões de Varsóvia têm de permitir que nós cheguemos a Paris [para a COP de 2015] com condições de adotarmos um acordo ambicioso e justo, respeitando responsabilidades comuns."

Polêmicas


Em uma conferência virtual com jornalistas da área ambiental, o diretor-executivo do Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), Achim Steiner, disse estar confiante nos bons resultados da cúpula.

Segundo ele, uma boa parte dos países, inclusive os ricos, estão fazendo sua parte para contribuir.
Outros assuntos, sobretudo os que envolvem financiamento, devem esquentar o encontro na fria capital polonesa. O Fundo Verde do Clima, criado para financiar medidas de mitigação e adaptação as mudanças climáticas nos países pobres, precisa ter regras mais claras. Especialmente sobre formas de financiamento e uso das verbas.

O chamado REDD+, compensação financeira pela conservação florestal, é uma das esperanças de acordo concreto. Reconhecido na COP de 2010, ele ainda precisa de regras claras para sua implementação. No ano passado, o Brasil foi acusado de travar o avanço dos diálogos por não concordar com o modelo de verificação internacional proposto.

A vertiginosa queda dos preços dos créditos de carbono é um fator que deve dificultar as negociações, uma vez que limita as projeções de lucros de muitas das ações ambientais.

A jornalista Giuliana Miranda viajou a convite da Deutsche Welle Akademie

Comentário de Comunicação Organizacional Verde


Teve início, nesta semana, a COP 19, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática. Já na página inicial da Conferência há um link sobre como estimular "negócios verdes". No nosso último comentário, observamos uma peculiaridade de mercados para negócios "verdes": exatamente porque os bens ambientais têm caráter público, falhas de mercado seriam comuns e, portanto, a transparência ativa acerca dos processos das empresas seria vital para mostrar em que medida as empresas, de fato, estão internalizando os custos de suas atividades sobre o meio ambiente. Mais que isso: talvez seja necessário que reconfiguremos nossos conceitos de mercado e de consumidor para dar conta dos produtos ambientais.

Embora sejamos tentados a  coibir o comportamento das empresas e consumidores  - e pode-se fazê-lo através de proibições muitas vezes necessárias e/ou aumento de impostos para atividades poluidoras ou afins  - tal solução não seria em princípio a ideal em uma sociedade que valoriza a liberdade de escolha. Como, então, diminuir a necessidade de coerção de forças do Estado ao comportamento individual, seja de consumidores ou de produtores? Ora, se supusermos que o mecanismo de mercado pode ser entendido como um mecanismo capaz de transportar as informações sobre as preferências e desejos dos agentes econômicos, vemos que o marketing ambiental pode ter uma função importante: ajudar a veicular informações que possam esclarecer aos agentes o valor daquilo que produzem e consomem. Deste modo, damos um passo na direção de negócios verdes onde haja uma maior simetria entre os agentes econômicos. 

Contudo, nada nos indica que tal proposta seja suficiente. Ou seja, nada impede que tenhamos um "consumismo verde", dado pelas preferências e desejos dos agentes. O que nos leva, mais uma vez, a aprofundar nossa pergunta sobre as preferências dos agentes e os mercados em que eles atuam. Continuaremos com essa indagação no próximo post...

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Aberje divulga o lançamento do livro Comunicação Organizacional Verde

Acreditando na relevância do projeto Comunicação Organizacional Verde, a Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) divulgou, em seu portal, o lançamento do livro, que acontecerá no próximo dia 18 (segunda-feira), às 19h, no auditório do 10° andar da unidade Centro do Ibmec Rio. Confira aqui.