> Comunicação Organizacional Verde: outubro 2013

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Encontro Anual da Plataforma Liderança Sustentável 2013


Dez líderes de grandes empresas reúnem-se no encontro anual da Plataforma Liderança Sustentável, no dia 30 de outubro, em São Paulo, para apresentar, em palestras curtas, como a sustentabilidade vem sendo inserida no planejamento estratégico de suas organizações. O evento acontece no Teatro Cultura Artística, a partir das 19h (apenas para convidados), e terá transmissão ao vivo pela internet. Entre presidentes e vice-presidentes, já estão confirmadas as participações de representantes da Even, Duratex, Itaipu Binacional, Itaú, Renova, Samarco, Santander, Schneider Electric, Unilever e Votorantim.

O evento marca o início da 3ª etapa da Plataforma Liderança Sustentável, programa lançado em 2011 com a missão de inspirar, conectar e educar novos líderes para o tema da sustentabilidade. “Os depoimentos dos presidentes não trazem apenas histórias bem-sucedidas, mas também erros e aprendizados. A ideia é que a força da experiência relatada inspire e eduque mais e mais profissionais, formando uma grande teia de lideranças que colocam os valores da sustentabilidade no centro da tomada de decisão”, explica Ricardo Voltolini, idealizador do movimento.

Na ocasião acontece, ainda, o lançamento do segundo livro de Voltolini, Escolas de Líderes Sustentáveis (Campus-Elsevier). O primeiro, Conversas com Líderes Sustentáveis (Senac/SP), inspirou a idealização da Plataforma, que consiste, a rigor, num conjunto de estratégias e ferramentas de gestão de conhecimento: livro, portal, videopalestras, encontros regionais, workshops, estudos, artigos e conteúdos para educadores que trabalham com o tema da sustentabilidade em escolas de negócio e universidades.

As ferramentas, conteúdos e o engajamento promovidos pela Plataforma Liderança Sustentável acabaram gerando um grande movimento, cuja meta é trabalhar 50 casos pessoais de presidentes de empresas durante um ciclo de cinco anos, com a abordagem de cinco temas em sustentabilidade: o estado da arte da liderança para a sustentabilidade (2011), educação (2012), estratégia (2013), inovação (2014) e comunicação(2015). “Já realizamos 186 encontros em 30 meses de existência, atingindo presencialmente 34 mil jovens líderes em todo o país. As videopalestras dos presidentes e especialistas, uma das nossas mais importantes ferramentas, já foram vistas por cerca de 250 mil pessoas”, destaca Voltolini.

Na noite de 30 de outubro serão lançados, também, dois programas educacionais: um para jovens líderes sustentáveis e outro para líderes sustentáveis em governos. A neutralização de carbono do evento será realizada pela empresa Reclicagem.

Um pouco da história do movimento


Na mesma data em que o primeiro livro de Voltolini foi lançado – 2 de junho de 2011 –, aconteceu o primeiro encontro nacional de líderes da Plataforma Liderança Sustentável, com a presença dos 10 presidentes de grandes corporações retratados na obra – Fábio Barbosa (ex-Santander, atual Abril S.A.), Guilherme Leal (Natura), Paulo Nigro (Tetra Pak), Franklin Feder (Alcoa), José Luciano Penido (Fibria), Héctor Núñez (ex-Walmart, atual Ri Happy), Luiz Ernesto Gemignani (Promon), José Luiz Alquéres (ex-Light), Kees Kruythoff (Unilever), Miguel Krigsner (Grupo Boticário). Durante o evento, eles narraram, em minipalestras – gravadas e transformadas posteriormente em vídeos para o portal www.ideiasustentavel.com.br/lideres –, como pensam, agem e com base em que valores tomam decisões.

Em 2012, com o lançamento da segunda etapa do movimento – que tratou de como as empresas estão envolvendo e educando líderes para a sustentabilidade –, outras 10 lideranças aderiram ao programa – que, assim, passou a contar com 20 presidentes integrantes.

Novo livro


As histórias dos 10 presidentes integrantes da segunda etapa da Plataforma Liderança Sustentável são a base da obra Escolas de Líderes Sustentáveis. O livro está estruturadoem duas partes. A primeira discute como as escolas de negócios estão tratando o tema da sustentabilidade e preparando novos líderes para promover a transição para uma economia verde. A segunda traz os relatos e depoimentos inspiradores dos 10 presidentes que adotaram estratégias inteligentes de envolvimento e educação de seus líderes para a sustentabilidade. São eles Alessandro Carlucci (Natura), Alfred Hackenberger (BASF), Andrea Alvares (PepsiCo), Britaldo Soares (AES Brasil), Carlos Fadigas (Braskem), João Carlos Brega (Whirlpool),Luiz Barretto (Sebrae), Marise Barroso (Masisa), Oscar Clarke (HP) e Rodrigo Kede (IBM).

Serviço:


O quê: Encontro Anual da Plataforma Liderança Sustentável 2013

Quando:30 de outubro, a partir das 19h (apenas para convidados)

Onde: Teatro Cultura Artística (Av. Juscelino Kubitschek, 1830)


“Líderes sustentáveis são indivíduos que acreditam em e praticam os valores que estruturam o conceito de sustentabilidade, como ética, transparência, respeito ao outro e ao meio ambiente; têm coragem para enfrentar os dilemas socioambientais e tomar decisões difíceis; inserem a noção de sustentabilidade na estratégia central do negócio; e sabem que o lucro não pode mais vir em prejuízo de pessoas e do meio ambiente.”

domingo, 27 de outubro de 2013

Painel debate desafios da Política Nacional de Resíduos Sólidos


Ambientalista faz histórico da tramitação do projeto no Congresso


Por Tina Oliveira

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é um marco para engajar todos os atores sociais no processo de mudança que o país está passando, desde os catadores até os empresários, disse o ambientalista Fábio Feldman, autor, como deputado, do primeiro projeto de lei que tratou do assunto Durante o Ciclo de Debates da 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA), nesta sexta-feira (25/10), em Brasília, Feldman presidiu o painel sobre a Lei 12.305/10, que instituiu a PNRS, discorrendo sobre o histórico que levou a lei de resíduos sólidos ficar mais de 20 anos sendo debatida no Congresso Nacional. Um dos pontos que sofreu resistência, segundo ele, foi a questão da responsabilidade pós-consumo.

 A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, participou da abertura da mesa e explicou que a propostas do Ciclo de Debates muda a dinâmica tradicional da conferência para que a sociedade possa se envolver nesse diálogo. “Resíduos Sólidos é uma das questões mais sérias do País”, disse. “Por isso precisa de debate para que a sociedade acolha a lei e coloque em prática”. Ela enfatizou que a mudança de comportamento exige o debate social, requer visão estratégica e instrumentos que dialoguem com a população brasileira. “As leis ambientais não são exclusivas dos ambientalistas, as pessoas precisam ser inseridas no debate ambiental”, disse.

Para o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas Júlio Pinheiro, a PNRS é uma lei possível de ser aplicada em sua essência, superando os desafios. Ele explica que os tribunais atuam no controle preventivo para evitar o dano ambiental. Durante as auditorias feitas pelo tribunal, o conselheiro observou que foram identificados catadores de material reciclável em situações degradantes, resíduos perigosos junto aos orgânicos, chorume (líquido resultante da decomposição do lixo) e vazamento de gás metano.

Wanderley Baptista, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), opinou que a indústria brasileira pode ser tornar mais competitiva, como foco na sustentabilidade, já que os resíduos sólidos têm valor econômico. O representante da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), Carlos Silva, também destacou que o resíduo deve ser transformado em recurso, considerando-o como matéria-prima, minerais ou energia. “Temos que trabalhar a questão dos resíduos na perspectiva de preservação dos recursos naturais, desenvolvimento econômico e mitigação”, afirmou.

Silvano Silveiro, da prefeitura de São Paulo, aponta que a lei de resíduos sólidos pegou, tanto que virou tema de conferência nacional. Para ele, dois pontos se destacam: a logística reversa, que propicia o caminho de volta da embalagem do produto consumido, e a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. O secretário de Meio Ambiente do Pernambuco, Hélvio Porto, também acredita que os municípios conseguirão cumprir a lei, superando os desafios. O representante do Movimento Nacional dos Catadores de Material Reciclável, Roberto Laureano da Rocha, enfatizou que a PNRS trata de pessoas e os municípios devem fazer planos para inclusão social dos catadores de material reciclável.

Educação Ambiental


A educação ambiental foi apontada como um tema transversal, que perpassa todos os pontos da lei, e representa uma das oportunidades de mudança cultural. Neste sentido, o diretor do Departamento de Educação Ambiental do MMA, Nilo Diniz, destacou que a educação ambiental ultrapassa o conceito escolar”, pois também trata de comunicação social, capacitação e educação para o consumo sustentável.

Na ocasião, apresentou a plataforma Educares que foi criada com o propósito de recolher boas práticas voltadas para a educação ambiental e a comunicação social. “A sociedade encontra suas próprias soluções em suas comunidades e essas experiências devem ser compartilhadas”, frisou. Também será lançado, ainda neste ano, edital que irá chancelar essas boas práticas.

sábado, 26 de outubro de 2013

Aviação brasileira faz primeiro voo comercial com biocombustível


Por Camila Maciel

São Paulo - Decolou, no início da tarde de 23 de outubro, do Aeroporto de Congonhas, na capital paulista, para o Aeroporto Presidente Juscelino Kubitschek, no Distrito Federal, o primeiro voo comercial brasileiro com bioquerosene. A operação com combustível renovável, feita pela companhia Gol Linhas Aéreas, pode reduzir em até 80% a emissão de gases de efeito estufa. A empresa espera disponibilizar cerca de 200 rotas com essa tecnologia durante a Copa do Mundo de 2014. O evento marca o Dia do Aviador, celebrado na data em que Santos Dumont fez o primeiro voo em um avião.

De acordo com a Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), o combustível de aviação representa, atualmente, cerca de 43% do custo das passagens aéreas. A curto prazo, no entanto, essa mudança não deve repercutir no valor da tarifa. "Com maior adesão a esse tipo de programa, acompanhado de políticas públicas, a tendência é que haja um ganho de escala a ponto de fazer com que esse combustível tenha um custo equivalente ao de origem fóssil. Para nós, já seria uma grande conquista. Essa é a meta do primeiro momento", explicou Paulo Kakinoff, presidente da Gol.

O ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, considera que ainda é cedo para definir uma política pública de incentivo à utilização de biocombustível na aviação. "A consequência que queremos é que essas melhorias signifiquem custos menores, mas é cedo para definir como vamos operar para que essa experiência, que já é viável, seja coletivamente utilizável. Esse é o objetivo da política que vai ser formulada a partir de agora", declarou. Ele esclareceu que, inicialmente, a proposta foi garantir um padrão de sustentabilidade que melhore a vida no planeta.

A tecnologia do biocombustível utilizada para esse voo foi desenvolvida pela empresa norte-americana Amyris, com filial no Brasil, e não necessita de nenhum ajuste do maquinário do avião. "O bioquerosene é uma mudança de paradigma. Você passa a ter, a exemplo do carro a álcool e veículos de biodiesel, também os aviões com essa possibilidade", avaliou Donato Aranda, professor do curso de engenharia química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O processamento do combustível do voo de hoje utilizou uma mistura de óleos vegetais, incluindo o de milho e o de cozinha já usado.

O primeiro voo com a tecnologia desenvolvida pela Amyris foi feito em caráter experimental no ano passado, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a  Rio+20. "De todos os biocombustíveis, esse é o mais novo. E para a adoção de um parâmetro novo na aviação, a segurança exigida é quatro vezes maior do que qualquer outro veículo. É uma tecnologia mais sofisticada", justificou Aranda. Foram pelo menos cinco anos de estudos até que fossem concluídas as validações de especificações técnicas pela indústria aeronáutica e órgãos como a ASTM Internacional (um órgão norte-americano de normalização, originalmente conhecido como American Society for Testing and Materials) e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Cidades serão grande desafio do Brasil na sustentabilidade

Fonte: Exame.com

"Corremos o risco de conseguir sustentabilidade na agricultura e ter uma grande dificuldade com a estrutura de cidades como o Rio ou SP", diz secretário


Rodrigo Soldon/Wikimedia Commons
Marina da Glória, no Rio de Janeiro
Rio de Janeiro - Rio também sofre com um déficit de 860 mil árvores, com arborização deficiente ou criticamente
deficiente em 93% dos bairros, acrescentou secretário


Rio de Janeiro – O maior desafio do Brasil na área da sustentabilidade envolve a adequação das grandes cidades, disse hoje (24) o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, Carlos Nobre, que participou de encontro da Rede Global de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.

"A parte mais difícil para o Brasil se tornar uma potência ambiental é a questão da cidade. Corremos o risco de conseguir sustentabilidade na agricultura e em outros setores e ter uma grande dificuldade com a estrutura de cidades como o Rio ou São Paulo", ressaltou Nobre.

Para ele, as cidades serão um desafio também no que diz respeito ao impacto das mudanças climáticas.

O encontro foi na sede da Fundação Brasileira para Desenvolvimento Sustentável e tratou da capacidade das cidades de resistirem a desastres futuros que possam ser intensificados pelas mudanças no clima, de oportunidades econômicas e da biodiversidade, considerada uma vantagem do Rio.

O professor Paulo Gusmão, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, destacou a necessidade de investimentos estruturantes, que têm sido feitos na região metropolitana, como os polos industriais de Itaguaí e Itaboraí.

Como 10,3% do território da capital, essas áreas têm menos de 10 metros de altitude e podem ser mais sujeitas a inundações, com chuvas mais fortes ou níveis mais altos dos mares. Bairros das zonas oeste e norte, às margens das baías de Guanabara e de Sepetiba, e as lagoas da Barra da Tijuca também poderiam ser afetados ao menos em um cenário crítico, disse ele. 

De acordo com Gusmão, as cidades da região metropolitana são díspares quando o assunto é a base de dados, e alguns municípios sofrem com a falta de servidores especializados que permaneçam nos postos para dar continuidade às políticas públicas: "A municipalidade precisa de equipes permanentes, e não de profissionais de passagem", afirmou.

Membro do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), da Organização das Nações Unidas, Fábio Scarano disse que, quanto à biodiversidade, a região metropolitana está bem posicionada, por já ter 16% do território protegido em reservas ambientais, enquanto a meta global é atingir 17% até 2020.

O Guandu é responsável por 80% do abastecimento do Rio de Janeiro e recebe águas já contaminadas do Paraíba do Sul, problema cuja solução, segundo Sacarano, precisaria de uma articulação com São Paulo.

O Rio também sofre com um déficit de 860 mil árvores, com arborização deficiente ou criticamente deficiente em 93% dos bairros, acrescentou

Sobre a economia, o diretor da Bradesco Asset Management, Joaquim Levy, disse que a cidade precisa aproveitar o momento, não deixar que ele passe, para evitar novas distorções. "O Rio está passando por um novo ciclo de investimentos, como aqueles que a cidade só viveu de 50 em 50 anos.

Para a pesquisadora norte-americana Cynthia Rosenzweig, do Nasa Goddard Institute for Space Studies, o futuro reserva um papel de liderança às metrópoles.

"As cidades devem liderar a busca por sustentabilidade. Elas se conectam em vários fluxos, mas o que pode ser feito para que assumam essa posição? É preciso criar um sistema que ajude as cidades como um todo, com mais financiamento à pesquisa e soluções implementáveis", afirmou.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Green Project Awards Brasil divulga vencedores de 2013


Por Débora Spitzcovsky 


Falta pouco para os brasileiros conhecerem os grandes vencedores da edição 2013 do Green Project Awards Brasil. Em 01/11, o prêmio de sustentabilidade, que reconhece boas práticas empresariais e individuais de desenvolvimento sustentável, divulgará seus ganhadores em cerimônia oficial, em São Paulo. 

Criada em 2008, em Portugal, a iniciativa está em sua segunda edição no Brasil. Neste ano, serão anunciados cinco ganhadores para o prêmio, entre os 188 inscritos. Isso porque cada categoria do Green Project Awards Brasil terá um campeão. São elas: 
- Iniciativa de Mobilização; 
- Pesquisa e Desenvolvimento; 
- Produto ou Serviço; 
- Iniciativa Jovem e 
- Gestão Eficiente de Recursos, que foi criada para a edição de 2013. 

Por enquanto, a equipe do GPA Brasil já divulgou os 18 finalistas da iniciativa, cujos projetos foram analisados pela consultoria KPMG. 

Co-realizado pelo Instituto Nacional de Tecnologia, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, no Brasil, o Green Project Awards também é promovido em Portugal e Cabo Verde e, em 2014, deve chegar a Angola e Moçambique. Para o ano que vem, a GCI, consultoria portuguesa especializada em sustentabilidade que comanda a iniciativa, ainda planeja lançar o prêmio CPLP - Green Project Awards, que vai eleger o melhor projeto internacional, entre todos os vencedores das edições nacionais. 

CERIMÔNIA DE DIVULGAÇÃO DOS VENCEDORES DO GPA BRASIL 
Data: 01/11 
Local: Teatro Vivo 
Endereço: Av. Dr. Chucri Zaidan, nº 860, Itaim - São Paulo/SP

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Conferência Rio Clima reúne recomendações para COP19


Por Débora Spitzcovsky

bossa67/Creative Commons

Nos dias 28 e 29/10, a capital fluminense recebe a edição 2013 da Conferência Rio Clima. Promovido pela Fundação Movimento OndAzul, o evento pretende reunir especialistas em clima, nacionais e internacionais, para debater a situação das mudanças climáticas e reunir recomendações para a 19ª Conferência das Partes da Convenção sobre Mudanças Climáticas, a COP19, que acontece em novembro na cidade de Varsóvia, na Polônia. 

Para tanto, além de discutir maneiras eficazes de negociar e implantar novas políticas públicas relacionadas ao clima, o encontro focará em três temas: 
- adaptação frente às mudanças climáticas; 
- mitigação climática e 
- formas de financiamento para a economia de baixo carbono. 

A ideia é que as recomendações que surgirem no encontro sejam reunidas em um documento, que será encaminhado ao governo brasileiro e, também, apresentado durante a COP19. Em 2012, duas sugestões que foram elencadas durante a primeira edição da Conferência Rio Clima entraram na pauta do governo brasileiro: 
- a precificação dos serviços ambientais prestados pelos ecossistemas e 
- novos índices que meçam o desenvolvimento sustentável do país e influenciem nos resultados do PIB. 

Entre os especialistas que participarão da edição 2013 do evento estão: 
- Suzana Kahn, membro do IPCC e vice-presidente do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (leia o artigo Uma sentença e duas interpretações); 
- Emílio Lèbre La Rovere, coordenador do Centro Clima da COPPE/UFRJ e membro do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (leia a entrevista Desafios para mitigar emissões brasileiras de GEE); 
- Pavan Sukhdev, economista indiano autor do livro Corporação 2020, lançado pelo selo Planeta Sustentável; 
- Masahiro Nozaki, economista sênior do Fundo Monetário Internacional (FMI)

O segundo dia de debate, em 29/10, é aberto ao público. Os interessados em comparecer ao encontro não precisam realizar inscrição prévia. Basta ir ao evento com documento. As vagas são limitadas. 

CONFERÊNCIA RIO CLIMA 2013 
Data: 28 e 29/10 
Horário: 9h às 18h30 
Local: Firjan 
Endereço: Av. Graça Aranha, 1, Centro - Rio de Janeiro/RJ

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Fim dos lixões até 2014 é tema da Conferência Nacional do Meio Ambiente


Por Ana Cristina Campos, repórter da Agência Brasil
Edição: Graça Adjuto


Brasília - O Brasil tem 2.906 lixões em atividade e das 189 mil toneladas de resíduos sólidos produzidas por dia apenas 1,4% é reciclado. Mudar esse quadro –  acabando com os lixões até 2014 e aumentando o percentual de reciclagem – é uma das principais metas da 4ª Conferência Nacional de Meio Ambiente, que este ano vai discutir a geração e o tratamento dos resíduos sólidos. O evento ocorre em Brasília, de 24 a 27 de outubro.

O tema ganhou relevância após a publicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei 12.305, de 2010, que determina que todos os municípios tenham um plano de gestão de resíduos sólidos para ter acesso a recursos financeiros do governo federal e investimento no setor.

Os 1.352 delegados debaterão a PNRS com base nas propostas apresentadas nas 26 etapas estaduais e na etapa distrital e nas 643 conferências municipais e 179 regionais que mobilizaram 3.602 cidades e 200 mil pessoas. A conferência terá quatro eixos temáticos: produção e consumo sustentáveis, redução dos impactos ambientais, geração de emprego e renda e educação ambiental.

Na etapa nacional, será produzido um documento com 60 ações prioritárias, sendo 15 por eixo. “O governo vai deter sua atenção nessas ações demandadas pela conferência para implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos,” disse o diretor de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Geraldo Abreu. Esses resultados constarão na carta de responsabilidade compartilhada da 4ª CNMA.

Pela Lei 12.305, após 2014 o Brasil não poderá mais ter lixões, que serão substituídos pelos aterros sanitários. Além disso, os resíduos recicláveis não poderão ser enviados para os aterros sanitários e os municípios que desrespeitarem a norma podem ser multados.

O desafio é grande: existem quase 3 mil lixões no Brasil para serem fechados no prazo fixado na PNRS, apenas 27% das cidades brasileiras têm aterros sanitários e somente 14% dos municípios brasileiros fazem coleta seletiva do lixo. “Precisamos transformar os resíduos em matéria-prima para que o meio ambiente não seja tão pressionado. Perdemos potencial econômico com a não reutilização dos produtos”, explicou Abreu. Segundo o MMA, se os resíduos forem reaproveitados podem valer cerca de R$ 8 bilhões por ano.

“A gestão de resíduos sólidos, até a publicação da lei, se deu de forma muito desordenada, trazendo uma série de prejuízos à população. Vimos proliferar lixões por todo o Brasil, com desperdício de recursos naturais que, pela ausência de um processo de reciclagem, acabam indo para esses locais inadequados”, disse Abreu.

A conferência vai discutir, entre outras medidas, o fortalecimento da organização dos catadores de material reciclável por meio de incentivos à criação de cooperativas, da ampliação da coleta seletiva, do fomento ao consumo consciente e da intensificação da logística reversa, que obriga as empresas a fazer a coleta e dar uma destinação final ambientalmente adequada dos produtos.

domingo, 20 de outubro de 2013

30 MBAs para quem quer trabalhar com sustentabilidade

Fonte: Exame.com

Além da reciclagem: Conheça as escolas de negócios que mais se preocupam com o meio ambiente e preparam seus alunos para preservá-lo



São Paulo - Na lista das profissões do (e com) futuro, as profissões ligadas à área de sustentabilidade, como gestor de ecorrelações e engenheiro ambiental, são destaque. Não é para menos. As empresas perceberam que investir em ações de preservação do meio ambiente, além de politicamente correto, também traz retorno - financeiro inclusive. 

Neste cenário, nada mais justo do que o tema ter mais espaço dentro dos programas de MBA. E, neste sentido, o curso da canadense Schulich School of Business é a que mais prepara seus futuros alunos para atuar na área, segundo ranking da Corporate Knights. 

Para chegar aos nomes, a publicação levou em conta os programas que a escola mantém voltados para o tema (como estágios, pesquisa e eventos), iniciativas dos alunos relacionados a sustentabilidade e o peso do assunto no currículo. 




quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Investimentos em eficiência energética passam de US$ 300 bilhões


Por Fabiano Ávila 

Agência Internacional de Energia afirma que o mundo já gasta tanto em medidas de eficiência quanto em geração elétrica por fontes renováveis e combustíveis fósseis


Entre 2005 e 2010, iniciativas como padrões de consumo de eletricidade em prédios públicos, selos em aparelhos eletrônicos e melhorias em redes de transmissão resultaram na economia de US$ 420 bilhões que seriam gastos em petróleo por apenas 11 países.

Essa é uma das informações que apresenta o primeiro relatório Mercado de Eficiência Energética, da Agência Internacional de Energia (AIE), divulgado nesta quarta-feira (16). 

Segundo o documento, foram gastos mais de US$ 300 bilhões em 2011 em eficiência energética, o que a AIE classifica como uma quantia semelhante ao que é investido anualmente na geração de eletricidade por renováveis ou fósseis.


“Eficiência energética tem sido chamada de 'combustível invísível', mas está na realidade em plena vista. O investimento global em eficiência e a economia resultante dele são tão imensos que nos obrigam a perguntar: a eficiência energética é mesmo somente o combustível invísível ou seria na verdade o principal combustível do planeta?”, afirmou Maria van der Hoeven, diretora executiva da AIE.

O relatório é centrado nos impactos de medidas de eficiência em 11 países desenvolvidos: Alemanha, Austrália, Dinamarca, Estados Unidos, Finlândia, França, Holanda, Itália, Japão, Suécia e Reino Unido. 

Desde a década de 1970, quando essas ações ganharam força devido à crise do petróleo, tecnologias de eficiência energética teriam evitado o consumo de 32 bilhões de barris.

Com a evolução dessas tecnologias, em 2010 a eficiência energética teria evitado o consumo de 63 exajoules (EJ), enquanto o petróleo forneceu 43 EJ, e o gás natural e eletricidade, cerca de 22 EJ cada.

O Japão aparece como o líder mundial em eficiência. Os consumidores japoneses economizam anualmente mais de US$ 3 bilhões graças à iluminação, veículos e equipamentos especialmente projetados para funcionarem com o mínimo de energia.

Nos Estados Unidos, as geradoras e distribuidoras vêm aumentando seus programas de relacionamento e conscientização dos consumidores; em 2000 foram US$ 1 bilhão investidos, valor que saltou para US$ 7 bilhões em 2011.

“O mais limpo megawatt-hora será sempre aquele que nunca utilizamos, e o mais seguro barril de petróleo aquele que nunca queimamos”, destacou van der Hoeven.

A AIE afirmou estar agora trabalhando para ajudar os países a entenderem os benefícios de medidas de eficiência energética. O relatório aponta que existem ganhos em termos de criação de postos de trabalho, de diminuição dos preços nas contas, na competitividade empresarial e até na saúde pública.

“Oportunidades em eficiência formam uma constelação interligada – há ganhos para serem conseguidos em transportes, indústria, construção civil etc. Estamos apenas começando a compreender o quanto podemos lucrar com mais inteligência no uso da energia”, concluiu a diretora executiva da AIE.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Edukatu: rede de consumo consciente incentiva debate em sala de aula


Desenvolvida pelo Instituto Akatu, a iniciativa promove a troca de experiências, ampliando o debate sobre consumo consciente e sustentabilidade entre alunos e professores do Ensino Fundamental


*Colaborou Jéssica Miwa

Você sabe o que significa consumo consciente? Em poucas palavras, para você se tornar um bom consumidor é preciso ter conhecimento da procedência do produto que você compra. Ou seja, algumas questões - como ‘Foi utilizada mão-de-obra escrava ou infantil?’, ‘Para chegar até mim, o produto precisou atravessar o mundo?’ ou ‘Preciso realmente disso?’, - só para citar alguns exemplos - devem ser levadas em conta e analisadas com bastante cuidado. 

A gente sabe que tornar-se um consumidor consciente não é tããããão fácil assim. Para ajudar você, seus colegas e professores nessa supermissão, o Instituto Akatu – que já faz um lindo trabalho para conscientização da sociedade sobre consumo consciente - lançou a rede Edukatu: por meio de um site, você troca conhecimentos e práticas sobre sustentabilidade e aprende mais.

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O objetivo do projeto é mobilizar as salas de aula do Ensino Fundamental em prol da educação com base em uma consciência maior sobre consumo. Para tanto, sua plataforma, disponível na internet, é dividida em três partes:

1. Na Mochila, que oferece conteúdo diverso sobre tecnologias na educação, vídeos superanimados que explicam de onde vem e para onde vão materiais que consumimos e um fórum colaborativo de perguntas e respostas;

2. Circuito, espaço de interação entre alunos e professores. Aqui, a navegação é guiada e faz uso de games e atividades lúdicas; e

3. Rede, que é como um “Facebook” do consumo consciente, no qual alunos e professores de escolas do Brasil inteiro trocam experiências, com mediação do próprio Akatu – que tira dúvidas e dá dicas aos participantes. E, assim, vai sendo criada uma comunidade sustentável, não é bacana?

O objetivo dos organizadores do Edukatu é ampliar o debate sobre o tema de forma colaborativa, já que ele vem ganhando cada vez mais importância nas salas de aula, nas ruas, no trabalho, em casa... Com os professores, os amigos, os colegas.

Ficou curioso? Acesse o site e sugira o uso desta nova ferramenta na sua escola. 

sábado, 12 de outubro de 2013

Presente gratuito, educativo e consciente para o Dia das Crianças



A Fundação SOS Mata Atlântica oferece uma opção gratuita e educativa de diversão para este Dia das Crianças. Para sensibilizar as pessoas sobre a importância do meio ambiente de forma leve, a ONG desenvolveu o aplicativo SOS Mata Atlântica – O Jogo. Totalmente em 3D e disponível gratuitamente para IOS, Android e Facebook, o jogo social foi produzido em parceria com a produtora de games brasileira OvniStudios.

No jogo, o usuário desempenha atividades que variam entre reflorestamento, combate à caça predatória, coleta seletiva do lixo, controle da qualidade do ar, água e do solo, além de atividades agrícolas e pecuárias desenvolvidas de forma a impactar menos o ambiente. À medida que o jogador avança no game, ele adquire bonificação em consciência ambiental. Quanto maior a consciência ambiental, maior é a variedade liberada de árvores nativas da Mata Atlântica e itens de decoração para customizar a sua sede.

Nesse mês de outubro, em comemoração ao Dia das Crianças, aqueles que começarem a jogar vão ganhar automaticamente um número maior de moedas verdes, que é a bonificação especial do game e facilita a aquisição de alguns itens-prêmio. A ideia é presentear principalmente as crianças. Uma opção para a garotada é baixar o aplicativo nos tablets e smartphones que eles usam, já que muitos ainda não têm acesso ao Facebook.

Um dos principais diferenciais do jogo é ser híbrido e multiplataforma, disponível para iPhone, iPad, iPod-Touch, Android e também Facebook, com diversas atividades sociais, como um ranking global. Entre amigos, há a possibilidade de convidá-los e desafiá-los para missões, além de compartilhar atividades e conquistas de diversas formas diferentes.

Diferentemente de outros jogos do gênero, SOS Mata Atlântica – O Jogo é totalmente em 3D, com gráficos extremamente leves, que rodam com bom desempenho em praticamente todos os smartphones, tablets e computadores presentes no mercado.

Novos conteúdos e missões serão liberados gradualmente. Brindes e recompensas também serão distribuídos a pessoas que comparecerem presencialmente a eventos e atividades realizadas pela Fundação SOS Mata Atlântica.

Trailer do game: http://youtu.be/4_twKU03zi8
Abra o jogo na página do Facebook: https://apps.facebook.com/sosmataatlantica/

Sobre a Fundação SOS Mata Atlântica


Criada em 1986, a Fundação SOS Mata Atlântica é uma organização privada sem fins lucrativos, que tem como missão promover a conservação da diversidade biológica e cultural do bioma Mata Atlântica e ecossistemas sob sua influência. Assim, estimula ações para o desenvolvimento sustentável, promove a educação e o conhecimento sobre a Mata Atlântica, mobiliza, capacita e incentiva o exercício da cidadania socioambiental. A Fundação desenvolve projetos de conservação ambiental, produção de dados, mapeamento e monitoramento da cobertura florestal do bioma, campanhas, estratégias de ação na área de políticas públicas, programas de educação ambiental e restauração florestal, voluntariado, desenvolvimento sustentável, proteção e manejo de ecossistemas.

Cinco lições de sustentabilidade para ensinar às crianças

Fonte: EcoD

Sempre é tempo de aprender. Por isso, contribua desde cedo na formação das crianças. Investir em boas lições sobre meio ambiente fazem toda a diferença para formar adultos conscientes.

Pensando nisso, listamos cinco dicas bem bacanas para transmitir aos pequenos.

Desligue os aparelhos que não estão em uso


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É comum ver crianças deixando jogos eletrônicos ligados e sem uso. Alerte-as!
Foto: jDevaun

Infelizmente, ainda é muito comum adultos e crianças deixarem lâmpadas, ventiladores, ar-condicionados, TVs e computadores ligados, mas sem ninguém usar. O impacto é tanto no aumento do valor da conta de energia, mas também no desperdício deste recurso precioso. Por isso é melhor ensinar, desde cedo, as crianças sobre o consumo de energia.

Feche bem as torneiras


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Ensine as crianças a não desperdiçar águaFoto: LadyDragonflyCC
É natural que as crianças gostem de brincar com água e não saibam a dimensão dos problemas do desperdício deste recurso. Por isso é papel dos pais e responsáveis, mostrar a elas o valor que a água tem em nossa vida e como fechar as torneiras completamente. Busque maneiras lúdicas de ensinar, por assim elas guardam para o resto da vida. 

A organização não governamental WWF-Brasil revelou que é grande o desperdício de água entre os brasileiros: mais de 80% da população consultada em 26 estados reconheceram que vão ter problemas de abastecimento de água no futuro e, desses, 68% reconheceram que o desperdício de água é a principal causa desse problema.

Retire os dispositivos das tomadas quando não estiverem sendo utilizados


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Retire os carregadores da tomada
Foto: George Redgrave

Não é estranho ver crianças e até adultos deixando o carregador de celular e de pilhas ligados na tomada mesmo sem estar em uso. Muitos deles não entendem a real importância de não realizar essa prática.

Na verdade, sempre que um carregador está na tomada, independentemente do dispositivo estar sendo usado ou não, ele consome energia. O ideal é que as crianças aprendam essa realidade desde pequenas.

Incentive a reutilização de materiais e resíduos


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Habitue a criança ao ato de reciclar
Foto: lievensoete

Um passo mais largo para se conquistar um estilo de vida mais sustentável é a reciclagem de materiais. Incentive a molecada a reaproveitar sacos plásticos, papéis e brinquedos. A prática auxilia na educação dos pequenos e estimula a criatividade. Além de poupar o meio ambiente, o jovem vai aprender a consumir produtos com mais consciência.

Cultive hábitos de leitura sobre o meio ambiente


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Incentive ao conhecimento sobre o meio ambiente
Foto: Librarian In Black

Incentivar a criança à leitura é, comprovadamente, muito importante para o seu desenvolvimento social e intelectual. Mas que tal apresentá-las a obras sobre o meio ambiente?

Alerte sobre a realidade do mundo em que vivemos, ensinando sobre a riqueza do meio ambiente e como elas podem participar.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Relatório CDP Brasil indica as 10 empresas mais engajadas na preservação do meio ambiente


Por Henrique Almeida

De acordo com organização Carbon Disclosure Project, as corporações nacionais investiram R$ 6 bi em ações benéficas à natureza e evitaram a emissão de 12 bilhões de toneladas CO2


Na última quarta-feira, 9, durante evento realizado pelo CDP (Carbon Disclosure Project), organização internacional sem fins lucrativos, foi apresentado o relatório referente ao ano de 2013, expondo uma lista com as 10 empresas mais engajadas na preservação do meio ambiente, encabeçada pela petroquímica Braskem.

De acordo com o estudo, as instituições investiram mais de R$ 6 bilhões em iniciativas para diminuir os índices de disseminação de poluentes, evitando que 12 bilhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) fossem emitidas por ano. Porém, à medida que 78% das entidades garantem possuir algum programa de redução na dispersão de toxinas, 76% registraram aumento no volume de substâncias nocivas lançadas na atmosfera.

Após analisar as informações, dispostas pelas corporações nos questionários enviados pelo CDP, sobre questões de transparência de dados em relação às emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e desempenho de ações para evitar as mudanças climáticas, o documento atribuiu notas de 0 a 100 às empresas participantes do projeto e, posteriormente, avaliações de A até E, sendo a primeira máxima e a segunda mínima, ao país examinado.

Nesta edição do CDP Brasil, foram enviados formulários para 100 entidades, porém, apenas 56 delas, de 10 setores diferentes, reportam suas informações à organização, sendo cinco multinacionais, ou seja, tiveram dados retirados de suas sedes estrangeiras. Deste modo, somente 51 instituições nacionais reportaram de fato.

As grandes organizações devem diminuir ainda mais os índices de disseminação de poluentes, pois, ainda não fizeram o suficiente”, Sue Howells, co-diretora de Operações Globais do CDP.”
Sob a liderança da Braskem, com 99 pontos, na mesma lista, o balanço contemplou os empreendimentos: BM&F Bovespa, CEMIG (Companhia Energética Minas Gerais), CPFL Energia, EDP (Energias do Brasil), a produtora de papel e celulose Fibria, Itaúsa (setor financeiro), Marfrig (indústria alimentícia) e Petrobras. A Vale, do ramo de mineração, obteve a segunda melhor colocação ao atingir 98 pontos.

A cerimônia contou com palestras de personalidades envolvidas com o relatório e ações em prol da sustentabilidade. A diretora do CDP na América do Sul, Juliana Lopes, explicou que “o Carbon Disclosure Project trabalha com as principais forças do mercado e, através da divulgação do relatório, propõe a reinvenção do modelo de negócios no cenário mundial”.

Sustentabilidade nas empresas


O professor Celso Lemme, da área de Finanças e Controle Gerencial da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), sugeriu a integração entre os setores financeiros e de sustentabilidade, pois “não basta evoluir tecnologicamente e ganhar terreno, é preciso tocar o coração do povo sobre o dever de conservar a natureza”.

Para o diretor de sustentabilidade do Banco Santander, Carlos Nomoto, “chegará o dia no qual as empresas tomarão decisões primando o benefício do meio ambiente, mas, infelizmente, ainda não é hoje”. A afirmação é motivada pela constatação de que apenas 50% das corporações percebem que as instabilidades nas condições do clima podem gerar diferentes tipos de risco aos seus negócios e 55% delas possui metas de redução de emissões de GEE.

De acordo com Luísa Guimarães Krettli, representante da WayCarbon, consultoria ambiental que contribuiu para a formulação do relatório CDP, 62% das instituições já estão agindo no gerenciamento das ameaças impostas pelo aquecimento global, atentando para o fato de que apenas três companhias de distribuição reportaram seus dados, atingindo a soma de 49% das dispersões de CO2 do País.

“As grandes organizações devem diminuir ainda mais os índices de disseminação de poluentes, pois, ainda não fizeram o suficiente”, afirmou Sue Howells, co-diretora de Operações Globais do CDP. Afinal, numa avaliação geral, o Brasil recebeu D, nota inferior a que nações como África do Sul e Coreia do Sul receberam.

Jogo sobre a Mata Atlântica é lançado no Facebook



Fonte: Blog Verde

Um game sobre as espécies da Mata Atlântica está fazendo sucesso na página da Fundação Boticário, do Facebook. A missão do “Descubra a Mata Atlântica” é fotografar  20 animais e plantas, por meio de uma minicâmera que o jogador opera, e depois preencher um álbum virtual. A tarefa não é difícil, mas é preciso ter atenção e ficar atento a algumas características dos animais. O joguinho pode ser acessado gratuitamente por meio do link: www.facebook.com/fundacaogrupoboticario

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Brasil precisa investir R$ 6,7 bilhões para dar fim adequado a resíduos sólidos, diz associação


Por Bruno Bocchini, Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O Brasil precisa investir R$ 6,7 bilhões para, de forma adequada, coletar todos os resíduos sólidos e dar fim a esse material em aterros sanitários. O dado foi divulgado em 3 de agosto pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

De acordo com a entidade, caso o país mantenha o ritmo de investimentos na gestão de resíduos registrado na última década, a universalização da destinação final adequada deverá ocorrer apenas em meados de 2060. “No atual ritmo, chegaremos a agosto de 2014 com apenas 60% dos resíduos coletados com destino ambientalmente correto”, destaca Carlos Silva Filho, diretor executivo da Abrelpe.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) prevê para agosto de 2014 o fim da destinação inadequada de resíduos. Dados da Abrelpe mostram que há ainda cerca de 30 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos com destinação inadequada no país. “Se não contarmos com esforços conjuntos e recursos disponíveis para custear o processo de adequação, corremos o risco de ver o principal ponto da PNRS não sair do papel”, destacou o diretor.

Segundo a associação, a aplicação de 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB) no setor de resíduos seria suficiente para as adequações necessárias.

Edição: Juliana Andrade

domingo, 6 de outubro de 2013

Quando a floresta pede socorro... pelo celular

Fonte: Revista Sustentabilidade

Isso mesmo, agora as árvores das florestas tropicais da Indonésia poderão enviar um torpedo para os guardas florestais quando algum madeireiro ilegal ameaçar cortá-las. Usando a máxima do conceito de Ecosofia - neologismo formado pela junção das palavras filosofia e ecologia -, a ONG Rainforest Connection, está montando um projeto que usará antigos smartphones adaptados e carregados com um aplicativo que identifica o som das serras.

O dispositivo está configurado para enviar um torpedo assim que identificar frequências de sons ligados aso seu derrubamento. Segundo a revista britânica New Scientist, a configuração deixará os celulares com os microfones ligados e eles ficarão localizados estrategicamente em árvores ou pontos ameaçados. O alcance dos microfones será de até 500 metros.

Para se manterem carregados, serão usadas placas solares.

Inicialmente, os testes vão usar smartphones novos, mas, no futuro, a empresa pretende reciclar e adaptar celulares descartados.

Os testes serão feitos na reserva Air Tarusan, na Sumatra, de 25 mil hectares.

Depois dos testes, a ONG pretende fazer o aplicativo disponível para todos que quiserem monitorar as florestas.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

USP oferece pós-graduação em Redes Digitais, Terceiro Setor e Sustentabilidade




Objetivo do curso: o curso pretende oferecer conteúdo transdisciplinar a partir da confluência das ciências biológicas, sociais e comunicativo-digitais, a fim de capacitar um profissional de formar e articular redes sociais digitais para a implantação colaborativa de projetos e práticas sustentáveis, economicamente viáveis e com baixo impacto ambiental, em comunidades e áreas de restrição ambiental.

Esse profissional candidata-se a oferecer a sua contribuição no setor empresarial, assim como no setor público, na sociedade como um todo, nas ONGs e no terceiro setor em geral.

Público alvo: profissionais egressos de todas as áreas com graduação reconhecida pelo MEC, profissionais de comunicação institucional, governamental e empresarial, representantes da sociedade civil organizada e do terceiro setor,  e estrangeiros graduados (com bom entendimento do português, com documentos regulares).

Certificado: O aluno regularmente aprovado neste curso de especialização receberá um certificado emitido pela Universidade de São Paulo e reconhecido pelo MEC – a ser confeccionado em prazo determinado pela própria USP – após ter cumprido todos os requisitos para a sua efetiva aprovação no curso, sem que haja pendências de qualquer tipo.

Para matricular-se neste curso, o interessado deverá ter sido aprovado no respectivo Processo Seletivo. Ver [inscrições].

PRÓXIMA TURMA:
INÍCIO DAS AULAS DA EDIÇÃO 2014: MARÇO/2014
Aulas: segundas e sextas-feiras à noite, das 19h às 23h
Duração: 450 horas
Investimento: 20 parcelas de R$870,00
Local das aulas: Escola de Comunicações e Artes – Universidade de São Paulo
Endereço: Rua Prof. Lucio Martins Rodrigues, 443. Bloco CRP, sala (a confirmar)
Cidade Universitária – São Paulo – SP [mapa]
O Calendário do curso será disponibilizado para os alunos matriculados.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Consulta Pública para atualização do Plano Clima é publicada no Diário Oficial


Ana Cristina Campos, repórter da Agência Brasil

Brasília – O Ministério do Meio Ambiente (MMA) publicou ontém (2/10) no Diário Oficial da União Portaria nº 398 de 2013, da ministra Izabella Teixeira, na qual estabelece a abertura do processo de Consulta Pública da versão preliminar da atualização do Plano Nacional sobre Mudança do Clima (Plano Clima).

As sugestões que possam contribuir para o aperfeiçoamento da atualização do Plano Clima podem ser encaminhadas ao Ministério até o dia 25 de outubro. Os comentários devem ser enviados por meio do Formulário para Envio de Contribuições sobre Consulta Pública da Versão Preliminar da Atualização do Plano Nacional sobre Mudança do Clima, disponível no site do Ministério do Meio Ambiente. A ação será completada por reuniões presenciais nas cinco regiões do país.

Segundo o secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério,Carlos Klink esse processo reforça o papel da sociedade brasileira na construção de um plano que contemple a diversidade de interesses, além de contribuir para a construção das posições defendidas pelo país nas negociações internacionais sobre o clima. Em vigor desde 2009, o Plano Clima tem por objetivo aprimorar as ações de mitigação das alterações climáticas no Brasil, colaborando com o esforço mundial de redução das emissões de gases de efeito estufa.

Edição: Valéria Aguiar

terça-feira, 1 de outubro de 2013

O que é Geoengenharia?

Fonte: BBC Brasil


Geoengenharia
Produzir mais nuvens brancas poderia refletir a
luz solar antes que ela chegue à terra
Geoengenharia se refere à manipulação deliberada do ambiente da Terra em larga escala para contrabalancear as mudanças climáticas.

Há essencialmente duas maneiras de fazer isso.

A primeira é chamada Gerenciamento da Radiação Solar (SRM, na sigla em inglês) e envolve refletir raios solares para que não cheguem à superfície da Terra e retornem ao espaço.
Um método proposto de SRM envolve colocar aerossóis de enxofre nas altas camadas da atmosfera.

Isso imita o que ocorre ocasionalmente na natureza quando um vulcão poderoso entra em erupção. Por exemplo, a erupção do Monte Pinatubo, nas Filipinas, em 1991, injetou um enorme volume de enxofre na estratosfera. As partículas produzidas nas reações subsequentes resfriaram o planeta em cerca de 0,5ºC nos dois anos seguintes ao refletir a luz solar de volta ao espaço.

Usar esse método apenas combateriam os sintomas e não combateriam o problema do aumento da concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera.

É por isso que a segunda opção seria tentar remover o CO2 já presente na atmosfera. Várias maneiras de fazer isso foram propostas. Esses enfoques são conhecidos como Remoção de Dióxido de Carbono (CDR, na sigla em inglês).

Isso combateria a raiz do problema, mas Rayner observa que seria lento demais para ter algum efeito e precisaria de um grande investimento financeiro.


Dimensões Políticas


O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) já havia afirmado que a geoengenharia poderia prover soluções importantes para combater as mudanças climáticas, mas também diz que mais pesquisas são necessárias sobre o tema.

Um grande relatório publicado em 2009 pela britânica Royal Society também sugeriu que "os métodos de geoengenharia por CDR e SRM deveriam ser considerados como parte de um pacote mais amplo de opções para combater as mudanças climáticas".
E apesar a ideia de geoengenharia ter ganhado força há vários anos, as propostas em escala global ainda não se concretizaram.

Por muitos anos, um acordo internacional, o Protocolo de Kyoto, estabeleceu metas para os países industrializados cortarem a emissão de gases do efeito estufa. Em 2012, as negociações para o clima em Doha estenderam o prazo do protocolo.

Rayner participou de dois painéis de avaliação anteriores do IPCC e acredita que tais metas seriam impossíveis de alcançar. Ele diz que independentemente dos esforços para redução das emissões de gases, e mesmo se isso for suplementado por tecnologias de geoengenharia, algum nível de adaptação para mudanças climáticas será necessário.

"As tecnologias de geoengenharia são vistas como potenciais ferramentas adicionais à disposição para lidar com as mudanças climáticas, não como um substituto para adaptação ou para a mitigação dos gases do efeito estufa", disse ele à BBC.

Ele acrescenta que os documentos compilados pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep) e pelo IPCC sugerem que não será possível cumprir as metas "sem encontrar maneiras de remover carbono do ar".

Tecnologias propostas


  • Gerenciamento da Radiação Solar (SRM): Reflexo de raios solares para que não cheguem à superfície da Terra e retornem ao espaço.
  • Melhoramento do albedo: Aumento da refletividade das nuvens sobre a superfície da Terra, para que mais do calor do Sol seja refletido de volta para o espaço.
  • Refletores espaciais: Bloquear uma pequena proporção da luz do sol antes que ela chegue à Terra.
  • Aerossóis estratosféricos: Introduzir pequenas partículas refletivas na alta atmosfera para refletir parte da luz solar antes que ela alcance a superfície da Terra.
  • Remoção de Dióxido de Carbono (CDR): Remoção de CO2 da atmosfera.
  • Reflorestamento: Esforços de plantação de árvores em escala global.
  • Biocarbono: Queimar biomassa (plantas) e enterrá-las para que o carbono fique preso no solo.
  • Bioenergia com captura e sequestro de carbono: Cultivo de biomassa, queima para a produção de energia e captura do CO2 gerado no processo, que é armazenado.
  • Captura no ar ambiente: Construção de máquinas que podem remover o CO2 diretamente do ar ambiente e armazená-lo em outro lugar.
  • Fertilização oceânica: Acrescentar nutrientes ao oceano em lugares selecionados para aumentar a produção de fitoplânctons, que absorvem CO2 da atmosfera.
  • Meteorização melhorada: Expor grandes quantidades de minerais que reagem com o CO2 na atmosfera e armazenar os compostos resultantes nos oceanos ou no solo.
  • Aumento da alcalinidade do oceano: Moer, dispersar e dissolver tipos de rochas como calcário, silicato ou hidróxido de cálcio no oceano para aumentar sua habilidade para armazenar carbono e combater a acidificação oceânica, um dos efeitos das mudanças climáticas.

Fonte: Programa de Geoengenharia de Oxford

A tecnologia mais estudada até agora tem sido a fertilização oceânica, que envolve o uso de ferro para estimular o crescimento dos fitoplânctons no oceano, aumentando a absorção de CO2.

Um estudo, por exemplo, mostrou que cerca de metade do fitoplâncton resultante da adição de ferro afundava até o fundo do oceano, isolando o carbono por um período que pode chegar a vários séculos.

Mas outro estudo indicou que pouco CO2 era absorvido pelos organismos e que o potencial para a fertilização com ferro depende em grande parte da localização onde é feita.

E alguns esquemas vêm gerando polêmica. Em julho de 2012, por exemplo, cem toneladas de sulfato de ferro foram depositadas no oceano Pacífico, na costa oeste do Canadá, em uma tentativa de ajudar a recuperar os estoques de salmão na região. A ação provocou forte reação de ambientalistas que se opõem à fertilização oceânica.

A ideia continua a ter seus defensores, mas John Shepherd, professor do Centro Nacional de Oceanografia da Universidade de Southampton, na Grã-Bretanha, que também coordenou o estudo da Royal Society de 2009, tem dúvidas sobre seus benefícios.

"A fertilização oceânica envolve uma grande interferência com o ecossistema. Você pode ter um grande impacto ambiental com um desejado efeito colateral pequeno", diz.

Riscos


Alguns cientistas observam que manipular o clima em uma parte do mundo poderia ter consequências em outros lugares. Por isso, dizem eles, qualquer ação desse tipo deveria ser feita em escala global com um acordo internacional.

A alteração do clima de outro país é até mesmo classificado como um crime de guerra de acordo com a Convenção de Genebra de 1976.

O professor Paul Nightingale, do departamento de pesquisas em políticas de ciência e tecnologia da Universidade de Sussex, na Grã-Bretanha, diz que não há atualmente uma infraestrutura montada para que tais decisões sejam tomadas sobre o clima global.

Rose Cairns, também da Universidade de Sussex, escreveu um relatório para o Economic and Social Research Council (ESRC) sobre o tema. Ela diz que uma questão é que a geoengenharia permanece um termo extremamente ambíguo, porque a tecnologia é muito ampla.

Aspergir aerossóis na estratosfera, por exemplo, poderia ser "altamente polêmico", enquanto um projeto global para plantar árvores causaria muito menos furor.

Zona de perigo?


Como acontece com qualquer nova tecnologia, os efeitos colaterais imprevisíveis da geoengenharia não devem ser descartados.

Por exemplo, além de qualquer benefício que poderia haver, acredita-se que espalhar aerossóis de enxofre poderiam esgotar o ozônio atmosférico e exacerbar o risco de secas, particularmente na Ásia e na África, onde poderia afetar as monções.

Outra vez, o problema recai sobre os tomadores de decisões. "Quem vai decidir o que constitui uma emergência tão séria para permitir a mudança da temperatura do planeta?", questiona Cairns.

"Quem tomaria esse tipo de decisão, levando em consideração que algumas dessas tecnologias arriscam, por exemplo, afetar as monções e os padrões de chuva?", diz.

Outra questão é que uma vez que a geoengenharia se torne uma opção, pode tirar a sensação de urgência de se reduzir as emissões de CO2.

"Nesse sentido, conceitualmente, é bem perigoso até mesmo ter essa opção sobre a mesa", afirma Cairns.

Custos


Outro fator importante é o custo considerável de usar novas tecnologias em uma escala global.

Apesar de os custos financeiros poderem ser menores que o custo da falta de ação, Nightingale diz que seria melhor gastar o dinheiro em tornar a produção de energia mais limpa.

"A termodinâmica de tirar o CO2 do ar é muito mais cara do que tirar o CO2 dos escapamentos e das usinas", explica.

"Parece uma série de tecnologias muito cara, complicada e arriscada para se considerar quando já temos várias tecnologias que são ambientalmente benignas", diz.

Prazos


Por ora, somente testes de geoengenharia de pequena escala podem ser feitos, desde que não afetem a biodiversidade, numa regra determinada pela Convenção da ONU sobre Biodiversidade, de 2010.

A limitação foi em parte consequência do forte lobby do grupo ambientalista internacional ETC. Eles dizem que a sua maior preocupação era "o controle internacional dos sistemas planetários: nossa água, nossa terra e nosso ar".

Eles também expressaram preocupação de que Estados mais ricos poderiam ver isso como "um conserto rápido e barato para as mudanças climáticas", deixando o combate das atuais questões climáticas sem recursos.

Andy Ridgwell, professor da Universidade de Bristol, na Grã-Bretanha, observa porém que já estamos afetando a biodiversidade "jogando carbono na atmosfera".

Mas ele diz que é mais provável que "nós sigamos nos adaptando" do que tenhamos projetos de geoengenharia de larga escala no futuro próximo.

"A não ser que as camadas de gelo derretam, não vejo um ponto no qual tenhamos ultrapassado um limite fundamental no qual os maiores emissores do mundo concordem de repente que precisamos fazer algo", diz Ridgwell.

"Considerando que a geoengenharia precisaria de um acordo internacional, suspeito que as temperaturas continuarão subindo e que as pessoas terão de se adaptar", observa.

Shepherd concorda que estamos longe de fazer qualquer coisa "além de discutir e pesquisar". Mas ele acrescenta que a geoengenharia seria a única forma de realmente reverter as mudanças climáticas.

"O controle das emissões nunca reverterão isso. Estamos fazendo o que é essencialmente uma mudança irreversível no clima em escala de tempo humano. O planeta ainda está desbalanceado e os oceanos ainda estão se aquecendo", diz.