> Comunicação Organizacional Verde: abril 2014

domingo, 27 de abril de 2014

Modelo: cidade alemã Hamburgo quer se livrar dos carros em 20 anos

Fonte: InfoMoney 

SÃO PAULO - A prefeitura de Hamburgo revelou planos ambiciosos para incentivar o uso de bicicletas e meios de transporte mais sustentáveis na cidade. Dentro de duas décadas, diversas avenidas e rodovias em torno da cidade serão transformadas em áreas verdes. 

O plano chamado Grünes Netz (“Rede Verde”, em tradução livre) irá disponibilizar ciclovias que liguem parques, hortas comunitárias e outros espaços verdes. A ideia é reduzir a necessidade de utilizar o carro para passeios de fins de semana. 

Após a conclusão do plano, Hamburgo terá mais de 6.879 hectares de áreas verdes, que ocuparão cerca de 40% da cidade, de acordo com o site 02b.com. 

Embora os veículos não sejam banidos do centro comercial da cidade, a prefeitura espera que os moradores e turistas possam “explorar a cidades exclusivamente com bicicletas ou a pé.”

A cidade pretende conectar todo o centro urbano com essas ciclovias, ao mesmo tempo em que se luta contra o aumento da temperatura e inundações de áreas urbanas.

Após a conclusão do plano, Hamburgo terá mais de 6.879 hectares de áreas verdes (Divulgação)
Após a conclusão do plano, Hamburgo terá mais de 6.879 hectares de área verde (divulgação) 

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Bancos terão que prever risco socioambiental em operações financeiras


Por Mariana Branco 

Os bancos brasileiros terão que criar políticas de responsabilidade socioambiental. Entre outras ações, isso significa que riscos envolvendo impactos sociais ou ao meio ambiente terão que ser previstos e reduzidos em operações financeiras como as análises de crédito. A regra está em resolução aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O banco poderá elaborar o plano de acordo com suas especificidades, dependendo do perfil de clientes ou das operações realizadas.

“O que queremos é dar um comando para todas as instituições para que, por si próprias, digam como vão gerenciar seu risco socioambiental. A alta gerência tem que ter política definida, clara, mas ela é que tem que dizer a natureza das operações”, disse Sérgio Odilon, chefe do Departamento de Normas do Banco Central. Como exemplo de necessidade de gerenciamento de risco, ele citou a concessão de financiamento para a construção de uma usina hidrelétrica.

O prazo para formular a política é 28 de fevereiro, para instituições cujas operações são mais complexas, e devem se submeter à avaliação de capital; e para as demais instituições o prazo é 31 de julho do ano que vem. O plano de responsabilidade ambiental deve ser reavaliado pelo banco a cada cinco anos. A gestão de riscos socioambientais nas instituições financeiras começou a ser discutida entre Ministério do Meio Ambiente e Banco Central durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), realizada no Rio de Janeiro em 2012.

“Há uma expectativa internacional para essa normativa. Nossa regulação do sistema financeiro já é vista como referência internacional”, disse o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, em evento para apresentação da norma. Para a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a obrigatoriedade do plano e da gestão de risco ambiental “sintetiza 20 anos de pensamento do mercado financeiro e nova abordagem de governança ambiental no Brasil e no mundo”.

domingo, 20 de abril de 2014

Ribeirinhos da Amazônia apostam na pesca sustentável e no manejo florestal


Por Pedro Peduzzi 

Pelos rios próximos à capital amazonense é comum encontrar pescadores nas portas das casas (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Pelos rios próximos à capital amazonense é comum encontrar pescadores nas portas das casas (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Pescar de forma sustentável é um dos grandes desafios das comunidades
ribeirinhas Tomaz Silva/Agência Brasil
Não basta dar o peixe ou a vara. Também não basta ensinar a pescar. Um dos grandes desafios pelos quais passam diversas comunidades ribeirinhas da Amazônia tem sido o de pescar de forma sustentável. E, assim, evitar que a fartura de um ano resulte em escassez de pescado no ano seguinte. O princípio pode ser aplicado a várias outras atividades típicas desenvolvidas pelos ribeirinhos da Amazônia. Entre elas, o manejo florestal – utilização racional e ambientalmente adequada dos recursos da floresta.

“Para que qualquer atividade seja considerada sustentável, ela precisa ser ecologicamente correta, economicamente viável e socialmente justa”, resume o técnico florestal do Instituto Mamirauá, Ronaldo Carneiro.

É seguindo esse princípio que o instituto tem ajudado comunidades amazonenses da Reserva Mamirauá, localizada a 600 km a oeste de Manaus, região do curso médio do Rio Solimões. Com 1,124 milhão de hectares, essa é a primeira reserva de desenvolvimento sustentável do país.

O Instituto Mamirauá é uma organização social fomentada e supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) que atua, também, como  unidade de pesquisa.

Uma das principais fontes de renda das comunidades da reserva é a pesca sustentável do Pirarucu. A cada ano, são dois meses de atividade e dez meses de vigilância contra a pesca irregular na região. Para evitar problemas, algumas regras têm de ser seguidas. Uma delas é a contagem de peixes adultos, quando boiam na superfície – feita por contadores capacitados e certificados pelo instituto, antes do início da temporada de pesca.

“Já tivemos baixas significativas da população de peixes em decorrência de o contador ter falseado dados. No ano seguinte, com a queda no número de pescado, a comunidade sentiu na pele o problema”, disse à Agência Brasil Francilvânia Martins de Oliveira, 24 anos. Segundo a ribeirinha, que tem vários pescadores na família, a venda de peixes é o que mais movimenta a economia da comunidade Boca do Mamirauá.

Para ter sucesso nessa e em outras empreitadas, o instituto já promoveu mais de 120 cursos de capacitação nas comunidades da região, bem como ações nas áreas de agricultura, abastecimento de água, gestão comunitária, turismo, manejo florestal e pesca.

Responsável por estudos de mercado que identificam a viabilidade no manejo florestal, o economista Leonardo Apel, integrante do Grupo de Pesquisa e Organização Social, diz que a técnica aplicada “é eficiente e promove a regeneração de espécies no local”. O manejo é uma atividade econômica oposta ao desmatamento, pois não há remoção total da floresta e, mesmo após o uso, o local manterá sua estrutura florestal.

Na Reserva Mamirauá, pesquisadores e ribeirinhos buscam a sustentabilidade pelo manejo florestal (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Na Reserva Mamirauá, pesquisadores e ribeirinhos buscam a sustentabilidade
 pelo manejo florestal (Tomaz Silva/Agência Brasil)
O pesquisador explica que a técnica de manejo desenvolvida pelo instituto e aplicada nas comunidades tem mais de 40 anos. “Ela era adotada em empresas e agora está sendo direcionada ao manejo comunitário. A diferença entre as aplicações está ligada à capacidade de planejamento. No caso da extração feita pela comunidade, ela não é tão voltada para o mercado. É de pequena escala, visando à subsistência e, só em alguns casos, à venda.”

Segundo Apel, a madeira extraída de forma legal atinge preços de mercado “muito mais interessantes” do que a obtida ilegalmente. “A ilegal não tem viabilidade econômica porque o risco de apreensão faz seu preço de mercado cair vertiginosamente. Quem faz isso acaba tendo de pagar para trabalhar”, disse. “Por isso, acredito que o manejo de madeira seja a melhor alternativa não só para a Amazônia, mas para o mundo todo”, acrescentou.

O princípio do manejo é simples: não se pode derrubar em quantidade maior do que a capacidade de recuperação da floresta – em geral, até três espécies por hectare na região. Responsável por capacitar as comunidades para o manejo, o técnico florestal Elinei Castro responde, atualmente, pelo levantamento de estoques e pelo inventário da Comunidade São Francisco, uma das áreas visitadas pela Agência Brasil.

“As árvores com pelo menos 1,2 metro de diâmetro já foram marcadas”, disse. “Nessa área aqui, de 17 hectares, foram marcadas e autorizadas [a extração de] 46 delas, mas as regras permitiriam a derrubada de até 51 árvores. Em toda a região, há 60 hectares, dos quais podem ser extraídas 180 árvores em um ciclo de 25 anos, que é o tempo que leva para elas atingirem a fase adulta”, explicou.

Segundo o líder eleito pela comunidade de São Francisco, Raimundo Ribeiro da Silva, com o manejo é possível chegar a uma renda média de R$ 300 por mês para cada família. “Mas o dinheiro só vai para quem trabalha”, acrescentou Elinei, enquanto acompanhava o corte de uma assacu – árvore de grande resistência e durabilidade na água, muito usada na estrutura de casas flutuantes – com três metros de diâmetro na base.

Sócio da comunidade nas atividades de manejo desde 2001, Erinaldo Chagas, 32 anos, diz ter um “sentimento controverso” ao derrubar árvores. “A gente sente tristeza. Mas também sente alegria, porque a madeira beneficia a gente e dá o que comer para nossas famílias. Além disso, quando se tira uma árvore de grande porte, nós damos condições para que outras árvores surjam, com a entrada da luz que até então estava bloqueada”, destacou.

Por onze dias, no mês de fevereiro, a equipe de reportagem da Agência Brasil viajou pela Amazônia para conhecer o dia a dia dessas comunidades. A vida dos ribeirinhos também será destaque no programa Caminhos da Reportagem, que será exibido pela TV Brasil na última quinta-feira (17), às 22h.

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quinta-feira, 17 de abril de 2014

Fórum Brasileiro de Finanças Sociais e Negócios de Impacto


O Fórum Brasileiro de Finanças Sociais e Negócios de Impacto será realizado nos dias 6 e 7 de maio de 2014, no Complexo Cultural Tomie Ohtake, em São Paulo numa iniciativa conjunta da Artemisia, Instituto de Cidadania Empresarial (ICE) e Vox Capital. Antes, no dia 5 de maio, seis workshops serão realizados em parceria com o The Hub (confira os detalhes da programação no site).

Entre os principais objetivos do evento está fortalecer o ecossistema das finanças sociais e negócios de impacto do país por meio da apresentação de cases de sucesso, da identificação de oportunidades e desafios que estimulem a alocação de novos capitais e novas formas de investimentos geradores de impacto social no Brasil.

Durante os dois dias do encontro serão debatidos temas estruturais, como as possibilidades de inovação nos investimentos, a perspectiva dos empreendedores, o papel dos desenvolvedores do ecossistema, oportunidades por setor, avaliação de impacto social, o desenvolvimento de talentos para o campo, novos modelos de negócios podem gerar impacto social, e a inserção desses negócios nas cadeias de valor de grandes empresas.

O Fórum contará com a participação de mais de 80 palestrantes nacionais e internacionais considerados referência nas discussões e na construção dessa nova temática. Entre as presenças internacionais confirmadas estão:
Al Etmanski, Presidente e cofundador da Planned Lifetime Advocacy Network (PLAN), é escritor, advogado e empresário social; Eliza Erikson, diretora de investimentos da Omidyar Network, especialista empreendedorismo e iniciativas em finanças inclusivas do mundo; Michelle Giddens, sócia e fundadora da Brigde Ventures, com mais de 15 anos de atuação em projetos internacionais ligados às finanças sociais.

Entre os palestrantes brasileiros estão Antonio Ermírio de Moraes Neto, sócio e cofundador da Vox Capital, e Luiz Ros, gerente do Setor de Oportunidades para a Maioria (OM) do BID – Banco Interamericano de DesenvolvimentoContexto e Oportunidades.

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domingo, 13 de abril de 2014

Por que a Starbucks não reciclará seu copo de papel

Fonte: Exame.com

Por Adam Minter, da Blooberg

Companhia afirmou que não cumpriria com suas metas de reciclagem em 2015 – se é que alguma vez conseguirá

Copos do Starbucks em uma loja da rede na Coreia do Sul
Imagem: SeongJoon Cho/Bloomberg/. Copos do Starbucks: boas intenções não transformam copos usados da Starbucks em novos – são as intenções de lucro que fazem isso

Quando você joga fora aquele copo de papel branco usado na lixeira do lado da porta de um Starbucks, você fez sua parte para salvar o planeta? Durante muito tempo, a Starbucks esperou que você pensasse assim.

Afinal de contas, não há melhor forma de atrair uma clientela próspera e com consciência ecológica do que convencer os clientes de que seu produto descartável é “renovável”. Então, em 2008 a empresa de café anunciou que até 2015 ofereceria reciclagem em todas as divisões operadas por ela.

Parecia o mínimo que a Starbucks – que vende 4 bilhões de copos descartáveis por ano – podia fazer. O gigante do café possui os meios financeiros para instalar lixeiras de reciclagem com chapas de metal dourado em todas as suas lojas se quiser.

Contudo, na semana retrasada, a Starbucks disse no seu Relatório de Responsabilidade Global de 2013 que não cumpriria com suas metas de reciclagem em 2015 – se é que alguma vez conseguirá. Aliás, a cinco anos do começo do programa, a empresa tinha conseguido implementar a reciclagem para clientes em somente 39 por cento das lojas operadas por ela.

O que deu errado? O fracasso é menos pela falta de compromisso da Starbucks do que pela crença quase totêmica de que simplesmente porque algo pode ser reciclado isso significa que pode ser reciclado economicamente. Em outras palavras: boas intenções não transformam copos usados da Starbucks em novos – são as intenções de lucro que fazem isso. E por enquanto, não há dinheiro nisso.

Primeiro, os copos da Starbucks são revestidos em plástico para evitar que vazem, e esse plástico deve ser removido antes de poder transformar os copos em papel novo. Na verdade, há tecnologia para remover esse revestimento. Mas os recicladores só se incomodarão se tiverem suficientes copos para justificarem a realização do processo de forma regular.

Paradoxalmente, o problema é que os clientes da Starbucks não jogam fora suficientes copos para tornar a reciclagem uma opção viável. Em 2010, por exemplo, a Starbucks iniciou um programa piloto no qual compilou três toneladas de copos de 170 lojas na área de Toronto e as enviou para reciclagem nos EUA.

Esse volume – três toneladas! – pode até parecer muito, mas na verdade equivale a uma fatia das 51,5 milhões de toneladas de papel e papelão reciclável recuperados nos EUA naquele ano.

John Mulcahy, vice-presidente de estratégia e efetividade de categorias na Georgia-Pacific LLC, com sede em Atlanta, disse ao jornal Boston Globe em 2011 que o papel em todos os copos da Starbucks usados em um ano equivale a menos de uma semana de produção em uma das usinas de papel da sua empresa.

Para uma empresa como a Georgia-Pacific, reciclar copos da Starbucks não é negócio; é um projeto em teste que vale a pena fazer por relações públicas, e talvez para o dia em que a Starbucks e outros restaurantes juntarem seus copos de papel de uma forma que os torne atrativos como perspectiva comercial.

É claro, há um valor simbólico em um copo reciclado da Starbucks, e é por isso que a empresa se preocupa tanto com essa questão. Mas se, como parece provável, não estiver disponível uma solução econômica para a reciclagem, o que a Starbucks deveria fazer com todos esses copos brancos?

A adubação mantém os copos fora dos aterros, mas gera gases estufa e destrói o valor de reciclagem contido nas fibras do copo. Os copos reutilizáveis são uma ideia legal, mas uma que os consumidores simplesmente não aceitam. Em 2008, por exemplo, a companhia estabeleceu a meta de servir 25 por cento de todas as bebidas em copos pessoais e reutilizáveis até 2015.

Em 2011, ela serviu somente 1,9 por cento em copos pessoais, e reduziu a meta para 2015 até 5 por cento, apesar de disponibilizar de copos de baixo custo (que têm seus próprios problemas de reciclagem).

Na verdade, o melhor resultado poderia ser a discussão iniciada inadvertidamente pela Starbucks quando desistiu da possibilidade de reciclar em todas as suas lojas.

“A reciclagem parece uma iniciativa simples e direta”, admitiu a empresa em um comunicado publicado na quarta-feira passada. “Mas na verdade é muito desafiador”. Se for possível fazer com que os consumidores entendam como a companhia chegou a esse entendimento humilhante, então talvez eles possam parar de comprar e jogar fora tantos copos de papel.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Papos Sustentáveis - A Confiança entre os agentes de mercado - Emmanoel Boff #7

Em seu sétimo vídeo para a "Papos Sustentáveis", o professor Emmanoel Boff (UFF), um dos três autores do livro "Comunicação Organizacional Verde: Economia, Marketing Ambiental e Diálogo Social para a Sustentabilidade Corporativa", destaca a importância da confiança entre os agentes de mercado, o que gera relacionamentos duradouros e vantajosos para as partes envolvidas. Essa relação, entre outros fatores, é construída por meio da transparência.


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Assista também os demais vídeos da série "Papos Sustentáveis", disponíveis em nosso canal.

domingo, 6 de abril de 2014

Fotógrafo critica a cultura do consumismo com fotos assustadoras do lixo nosso de cada dia


Carros, celulares e outros objetos do cotidiano acabam descartados

Que vivemos numa sociedade pautada pelo consumo não há dúvidas, mas para ter a dimensão do volume de descarte de resíduos diários de toda uma comunidade, só mesmo reunindo e olhando de longe.

A combinação de hábitos, vícios e rituais que pra muitos não passam de atividades comuns do cotidiano pode ter efeitos catastróficos. O trabalho do fotógrafo Chris Jordan busca chamar a atenção das pessoas para o impacto negativo do consumismo.

São celulares, carros e placas espalhados e espremidos em quantidades assustadoras. A série foi batizada de “Beleza Intolerante: Retratos de Consumo Americano” e mostra reflexos da cultura do descarte num tom de crítica e pessimismo.

Carros Esmagados

Celulares

Carregadores de celular


sexta-feira, 4 de abril de 2014

Relatório do Greenpeace diz que Apple e Amazon usam energia suja

Fonte: O Globo

RIO - "Cada vez que um internauta compartilha músicas ou fotos usando a nuvem, a demanda energética das gigantes da informática aumenta", alertou o Greenpeace no relatório “How clean is your cloud?” (O quanto limpa é sua nuvem?, em português). O levantamento avaliou 14 empresas de Tecnologia da Informação (TI) e mais de 80 datacenters, incluindo os de serviços prestados por gigantes como Amazon, Apple, Google e Facebook.

O resultado foi apresentado na terça-feira e mostra que Amazon, Microsoft e Apple tem apenas 13,5%, 13,9 e 15,3%, respectivamente, de sua energia limpa - gerada por outros meios que não sejam o carvão ou o material nuclear. IBM e Oracle apresentaram taxas de 12,1% e 7,1%.

Segundo o Greenpeace, grandes companhias de tecnologia ainda utilizam, em sua maioria, energia proveniente do carvão (que é extremamente poluente) ede origem nuclear. Ao crescer de forma acelerada, vão precisar de mais energia e "a má notícia é que muitas pretendem continuar usando energias sujas", diz o reltório.

A fim de evitar maiores emissões de gases estufa e um desastre climático, o Greenpace acredita que é necessário que tais empresas tomem medidas de incentivo à eficiência energética. "Google, Yahoo e Facebook já começaram a caminhar nessa direção, priorizando energias limpas", diz.
As empresas citadas apresentam boa parte de seus datacenters movidos a energia limpa: Yahoo com 56,4%, Google com 39,4% e Facebook com 36,4%. A Dell também aparece bem, com 56,3% de uso de energia limpa.

"O que o Greenpeace pede é que todas as empresas de TI abandonem as energias sujas e passem a incentivar seus fornecedores a fazer o mesmo", pede o grupo que afirma que as empresas devem ser mais transparentes.

Pensando em reverter a situação - o que o Greenpeace acredita ser possível - o grupo criou o site "Limpe o que há de mais sujo na internet" (greenpeace.org/limpenossanuvem), que sugere ao visitante enviar uma mensagem para Apple, Amazon e Microsoft pedido o uso de energia limpa.

"O Greenpeace dá início a uma campanha para que três das maiores proprietárias de datacenters no mundo tomem a mesma decisão que o Facebook e abandonem o carvão e a energia nuclear", diz a página.
A Amazon foi a única a receber nota "F" por sua política de fontes renováveis. A Apple recebeu nota "D" contra uma nota "A" do Facebook.

A fabricante do iPhone e fornecedora a iCloud disse que sua demana energética foi superestimada no relatório. Ao "The Guardian", a companhia rejeitou as acusações e disse que um novo centro de dados, que será construído na Carolina do Norte, vai produzir 20 megawatts em plena capacidade e fará com que 60% de sua energia tenha origem renovável.

A Amazon também se defendeu e disse que o relatório foi baseado em dados imprecisos e que acredita que a computação em nuvem é, naturalmente, mais ecológica que a computação tradicional. Em vez de cada empresa ter seu próprio datacenter, que serve apenas para ela, o Amazon Web Service (AWS) estaria as ajudando a poluir menos.

Segundo o Greenpeace, as informações sobre demanda energética de Apple a Amazon são estimadas. As empresas contestaram publicamente o relatório mas, segundo o grupo, não forneceram dados alternativos.
As companhias foram convidadas a apresentar dados mais precisos.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Papos Sustentáveis - O Livre Fluxo da Informação - Emmanoel Boff #6

Em seu sexto vídeo para a "Papos Sustentáveis", o professor Emmanoel Boff (UFF), um dos três autores do livro "Comunicação Organizacional Verde: Economia, Marketing Ambiental e Diálogo Social para a Sustentabilidade Corporativa", ressalta a importância do livre fluxo da informação para o bom funcionamento do mercado.


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