Fonte: EcoD
A China apresentou na última quinta-feira, 12 de setembro, novas medidas para reduzir a poluição atmosférica, o que inclui reduzir o consumo de carvão e fechar fábricas, usinas e fundições poluentes. Especialistas ponderam, porém, que o cumprimento das metas ambiciosas será um grande desafio.
Maior poluidora mundial, a China está sob intensa pressão para combater a poluição desde janeiro, quando uma espessa camada de fuligem encobriu grande parte do industrializado norte do país, incluindo a capital Pequim.
O governo também tenta enfrentar uma possível fonte de insatisfação popular, uma vez que a população urbana, cada vez mais rica, se volta contra um modelo econômico que prevê o crescimento a qualquer custo, mas degrada o ar, a água e o solo.
Responsável por mais de três quartos da matriz energética da China, o carvão já foi identificado como um dos fatores a serem mais combatidos. O objetivo do governo é reduzir o consumo total desse combustível fóssil para 65% até 2017, em relação a 2012.
A China publicou o plano no site do governo, prometendo também aumentar o uso da energia nuclear e do gás natural. Ambientalistas saudaram o plano, mas foram céticos sobre sua implementação.
Incerteza de cumprimento
"As metas de redução do consumo para áreas industriais são um bom sinal de que eles estão levando a poluição atmosférica e a saúde pública mais a sério, mas para fazer essas metas acontecerem o plano de ação é um pouco frustrante, e há buracos", afirmou à Reuters Huang Wei, ativista do Greenpeace em Pequim.
A China já teve dificuldades anteriores para conseguir a adesão das províncias e dos empresários às medidas antipoluição, e o novo plano prevê poucas regras concretas para fortalecer a fiscalização e as punições aos infratores.
Grupos ambientalistas esperavam que o plano de ação incluísse metas detalhadas para a redução do uso de carvão em cada região, mas aparentemente caberá às províncias definirem isso entre si.
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