As empresas, principalmente as transnacionais, terão, cada vez mais, de negociar com outros atores sociais, para além do Estado e seu poder regulatório, quando se tratar do lançamento de produtos ambientalmente responsáveis. Esse novos atores podem, por exemplo, ser membros de comunidades tradicionais atingidos por algum empreendimento que se reuniram em torno das possibilidades proporcionadas pela Internet, aquilo que o filósofo Pierre Levy chamou de "liberação da palavra" (o debate público não mediado pelas grandes corporações de mídia). Por isso, o Terceiro Setor se fortalece cada vez mais nesse processo. Um dado concreto é a ideia inovadora do Greenpeace: o Guide to Greener Electronics. Trata-se de uma escala que mede os produtos de empresas em uma gradação cromática de cores, do vermelho ao verde, determinando quais delas lançam produtos mais (ou menos) sustentáveis. Há marcas analisadas pelo Guia bastante conhecidas no ocidente, como Toshiba, Sharp, Philips e Nokia, porém a considerada mais "verde" foi a indiana - e praticamente desconhecida pelo mercado consumidor brasileiro - Wipro, uma companhia eletrônica que obteve 7.10 pontos (a escala vai de 0 a 10). Quais empresas brasileiras se habilitam a se submeter ao guia internacional?
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